Coronel Blanco depõe à CPI da Pandemia nesta quara após ser citado em depoimentos
O presidente do STF deu à CPI prerrogativa de avaliar se os depoentes abusam do direito ao silêncio e isso será utilizado no depoimento de Blanco, que tem habeas corpus para não se autoincriminar na comissão do Senado.
Créditos da foto: Agência SenadoO ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, exonerado da pasta em janeiro, Marcelo Blanco, presta depoimento à CPI da Pandemia nesta quarta-feira (4/8).
Ele havia sido citado em diversos depoimentos as onze primeiras semanas de trabalho da comissão, inclusive durante o depoimento do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias.
Segundo o revendedor de vacinas e cabo da Polícia Militar, Luiz Paulo Dominghetti, houve a proposta de pagamento de propina de US$ 1 por dose na comercialização da vacina AstraZeneca durante um jantar em que o tenente-coronel participou, ocorrido em um restaurante instalado em um shopping de Brasília em 25 de fevereiro.
“Não era um encontro inconveniente, eu sabia que o Roberto Dias estaria no Vasto”, disse coronel Blanco. “Eu tinha uma relação amistosa com o Roberto Dias”, afirmou o coronel, contradizendo o depoimento de Dias à comissão, que insistiu na tese de um “jantar causal” no shopping.
A Davati Medical Supply negociava a venda de 400 milhões de doses do imunizante. O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), iniciou a sessão desta quarta fazendo a leitura da decisão do ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF), em agravo regimental apresentado pela comissão no dia do depoimento da diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades.
O presidente do STF deu à CPI prerrogativa de avaliar se os depoentes abusam do direito ao silêncio e isso será utilizado no depoimento de Blanco, que tem habeas corpus para não se autoincriminar na comissão do Senado. Ele deve ser questionado sobre denúncias de pedido de propina em negociação de vacinas com o Ministério.
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