Consultor que recebeu R$ 400 mil do Consórcio Nordeste no caso dos respiradores está entre alvos de operação da PF
Em depoimento à Assembleia do Rio Grande do Norte, ele admitiu amizade com Jório Dauster, mas negou que haja alguma sociedade entre ambos
Além de Bruno Dauster e Cleber Isaac, o empresário Carlos Kerbes foi alvo de um mandado de busca e apreensão no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (26/4), durante deflagração da Operação Cianose. Em 2020, ele foi citado como sócio do irmão de Bruno Dauster, Jório Dauster - informação negada pela defesa de Kerbes -.
Ao Aratu On, o advogado do empresário, Marinho Soares, confirmou que seu cliente foi um dos alvos da operação. "Ele atuou na compra dos respiradores como consultor e, quando a PF foi ate a residência dele, de forma espontânea e para ajudar a Justiça, ele forneceu a senha do celular e do notebook que foram apreendidos na sua residência".
Kerbes atuou como consultor na negociação de fornecimento de respiradores ao Governo da Bahia. Para isto, ele recebeu R$ 400 mil - informação confirmada por Marinho -.
Os ventiladores, contudo, nunca foram entregues ao estado. Na época da aquisição, em 2020, os representantes da Hempcare e Biogeoenergy, Cristiana Taddeo e Paulo de Tarso, respectivamente, prestaram depoimento às Polícias Civil e Federal. Na ocasião, Tarso afirmou que Kerbes seria sócio de Jório Dauster.
Apesar de negar a sociedade, o empresário admitiu, em depoimento à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, que há amizade com Jório, mas afirmou que “é um amigo de longas datas, com quem venho conversando sobre algumas possibilidades de negócios, que nunca aconteceram, mas é um relacionamento pessoal”.
Segundo reportagem do portal Bahia Notícias, em 2020, com a empresa chinesa não possuía certificado da Anvisa para os respiradores, a HempCare teria pago R$ 400 mil para Kerbes, intermediar o contato com a fornecedora asiática.
A compra foi realizada pelo Consórcio Nordeste quando o grupo era presidido pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT). Ao todo, foram adquiridos 300 respiradores por R$ 48 milhões. Os equipamentos nunca foram entregues. De acordo com o governo baiano, parte dos recursos foi ressarcido aos cofres dos estados nordestinos. Os valores não foram divulgados.
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