Política

Chamado de "inábil" por ACM Neto, Doria minimiza críticas do ex-prefeito de Salvador; "nunca rompemos"

Doria conversou foi entrevistado pelos programas Linha de Frente, Cidade Aratu, além do portal Aratu On

Por Matheus Caldas

Chamado de "inábil" por ACM Neto, Doria minimiza críticas do ex-prefeito de Salvador; "nunca rompemos"Matheus Caldas/ Aratu On

Classificado por ACM Neto (UB), em 2021, como "iinábil, despreparado e desagregador", o pré-candidato à Presidência da República, João Doria (PSDB), minimizou as críticas do pré-candidato ao Governo da Bahia.


Segundo ele, nunca houve romprimento entre as duas partes. "Nem ele rompeu comigo e nem eu com ele. Críticas fazem parte. Até pais podem criticar filhos e filhos podem criticar pais, mas isso não significa ruptura. Sempre tive admiração e respeito por Neto e ele por mim", afirmou, em entrevista ao Aratu On.


O político esteve na sede do Grupo Aratu nesta sexta-feira (8/4) e foi entrevistado ainda nos programas Cidade Aratu e Linha de Frente. 



No ano passado, quando era presidente nacional do DEM, Neto atacou Doria após o então vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia - atual chefe do Executivo paulista -, se filiou ao PSDB. Garcia era democrata desde 2007. A articulação irritou o ex-prefeito da capital baiana, que, em publicação no Twitter, fez críticas a Doria, a quem ele responsabilizou pela articulação. 


“A mudança do vice-governador Rodrigo Garcia para o PSDB é fruto de uma inexplicável imposição estabelecida pelo governador de São Paulo, João Doria, cuja inabilidade política tem lhe rendido altíssima rejeição e afastado os seus aliados. A postura desagregadora do governador de São Paulo amplia o seu isolamento político, e reforça a percepção do seu despreparo para liderar um projeto nacional. ”, escreveu, em maio de 2021.


Meses após o episódio, ambos reataram politicamente. E, na última quinta-feira (7/4), Neto e Doria tiveram o primeiro encontro público divulgado após o rompimenro. Num jantar em Salvador, a dupla foi fotografada ao lado do prefeito Bruno Reis, um dos vice-presidentes do União Brasil.


PALANQUE NA BAHIA


O tucano garantiu que, "na hora certa", Neto oferecerá palanque a ele na disputa pela presidência da República. "É preciso respeitar o tempo e as decisões adotadas aqui. É o ambiente da Bahia. Caberá, sim, palanque, mas na hora certa", afirmou, em entrevista ao Cidade Aratu.


Neto vem evitando nacionalizar a eleição no estado. Enquanto Doria faz aceno para que haja palanque a ele na campanha do postulante ao governo baiano, o PDT tenta o mesmo espaço para Ciro Gomes (PDT). 


"A eleição presidencial é em dois turnos. Temos que ter respeito pelo tempo da Bahia, pelo tempo que necessita Neto e compreender que a decisão final dessa eleição será no segundo turno", acrescentou.


POLARIZAÇÃO


Doria ainda confirmou que, num eventual segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não votaria em nenhum dos dois. "Nem quero pensr. Acho tão triste. Isso é um pesadelo. Prefiro trabalhar no sonho que no pesadelo", criticou. 


Ele ainda tentou se distanciar do apoio que deu a Bolsonaro em 2018, quando chegou a usar o slogan "Bolsodoria". "Eu prefiro Brasildoria. Temos que estar do lado do Brasil. É hora de mudança e transformação. Entendo que bolsonaro já cumpriu seu papel", ponderou. 


Ele ainda sinalizou que poderia recuar da candidatura em prol da unidade da terceira via. "Eu já disse e vou voltar a dizer: o projeto não é pesssoal e nem sequer do PSDB. É um projeto do BRasil. Quem ama  Brasil coloca o Brasil como prioridade, e não o seu nome", declarou, citando os nomes dele, de Simone Tebet (MDB) e Luciano Bivar (UB).


SEM SAUDADE DO EX


O ex-governador paulista ainda classificou como "surpreendente" a saída de Geraldo Alckmin do PSDB. Nesta sexta, ele foi oficialmente indicado pelo partido a ser vice na chapa petista à presidência da República. 


"O PSDB sempre fez oposição a Lula e Lula ao PSDB. Lembrem o que disse Lula ao suceder Fernando Henrique Cardoso: herança maldita. Classificou FHC, que foi um competente, sério e brilhante presidente, como herança maldita", relembrou, durante bate-papo no programa Linha de Frente.


Ele ainda ironizou o atual momento do ex-correligionário. "Prefiro não fazer mais análises sobre isso e guardar minha memória do tempo bom de Geraldo Alckmin no PSDB", concluiu.


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