Política

Bolsonaro ficou convencido sobre crime em compra de vacina que sequer havia sido aprovada, diz deputado

Luís Miranda (DEM) afirmou que presidente sabia que "tinha crime" na compra de imunizantes

Por Da Redação

Bolsonaro ficou convencido sobre crime em compra de vacina que sequer havia sido aprovada, diz deputado Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou nesta quarta-feira (23/6) que alertou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre indícios de irregularidades na negociação do Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin. As declarações do político foram concedidas aos sites Metrópoles, CNN e Folha de S. Paulo. 


"O presidente sabia que tinha crime naquilo", disse o deputado. De acordo com o parlamentar, após o encontro, Bolsonaro ficou "convencido" e se comprometeu a acionar "imediatamente" a Polícia Federal.


"Entreguei a Bolsonaro. O caso não é só de pressão. É gravíssimo: tem desvio de conduta, invoice [nota fiscal] irregular, pedido de pagamento antecipado que o contrato não previa, quantidades diferentes", disse Miranda.


O deputado é irmão de Luís Ricardo Fernandes Miranda, chefe de importação do Ministério da Saúde, que relatou ao Ministério Público Federal, em depoimento em 31 de março, ter sofrido pressão incomum para assinar o contrato.


Diante das declarações do parlamentar, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Covid aprovou, na manhã desta quarta-feira (23/6), o convite para que Miranda e o irmão prestem esclarecimentos sobre o assunto. A previsão é que o político e o servidor deponham à comissão na sexta-feira (25/6) à tarde.


Até o fechamento desta matéria, a Secretaria de Comunicação da Presidência não tinha se pronunciado sobre as denúncias. 


ENTENDA A POLÊMICA


A vacina Covaxin, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos, foi comprada pelo Governo Federal para integrar o Plano Nacional de Vacinação (PNI).


No entanto, um documento do Ministério das Relações Exteriores mostra que os imunizantes foram obtidos por um valor 10x maior do que a empresa oferecia seis meses antes da compra.


Em agosto do ano passado, o imunizante contra a Covid-19 foi orçado em 100 rúpias, valor que equivale a US$ 1,34 a dose, segundo a Bharat Biotech, laboratório que fabrica o fármaco. A informação consta em um telegrama sigiloso da embaixada brasileira na Índia.


O valor acordado com o Ministério da Saúde, no entanto, é mais alto — de US$ 15 por unidade, o que equivale a R$ 80,70, na cotação da época. A informação foi revelada pelo jornal Estado de S.Paulo.


LEIA MAIS: "Maior erro" do governo foi não ter feito campanha firme com orientações sobre Covid, diz Mourão


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