Após acusação milionária contra colegas, Capitão Alden se retrata no Conselho de Ética
Na reunião, realizada de forma virtual, ele próprio classificou as declarações como “descontextualizadas, inoportunas e ofensivas”.
Em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), na manhã desta quarta-feira (7), o deputado Capitão Alden (PSL) voltou a pedir desculpas por ter acusado os integrantes da bancada de oposição da Casa de receberem, de forma indevida, dinheiro da prefeitura de Salvador. Na reunião, realizada de forma virtual, ele próprio classificou as declarações como “descontextualizadas, inoportunas e ofensivas”.
A retratação de Alden, já feita em outras ocasiões, é utilizada como um dos principais argumentos da defesa para que o parlamentar não sofra mais nenhuma penalidade imposta pelo Conselho de Ética. Ele já sofreu uma advertência dada pela Mesa Diretora da ALBA.
O advogado Balbino Prazeres, que representa o deputado no processo que pode resultar inclusive na cassação do mandato, pontuou em sua explanação que o Artigo 145º do Código Penal brasileiro determina que o “querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena”.
Essa foi a terceira reunião do Conselho de Ética para tratar do caso do deputado Capitão Alden. O processo foi aberto atendendo um pedido assinado pelos 11 deputados da bancada de oposição por causa de um vídeo divulgado por ele nas redes sociais.
No vídeo, que foi reprisado na reunião, Alden acusa os parlamentares de oposição de receberem R$ 1,6 milhão da prefeitura de Salvador. “Se eu ficasse na minha, sem fazer nada eu tava feito na vida, recebendo R$ 1,6 milhão da prefeitura que os deputados de oposição todos ganham”, disse ele, no vídeo veiculado nas redes sociais no último dia 27 de abril.
Agora, caberá ao deputado Luciano Simões Filho (DEM), relator do processo, apresentar seu parecer recomendando algum tipo de punição ou simplesmente a absolvição do parlamentar. Mas, segundo o presidente do colegiado, deputado Marquinho Viana (PP), ainda não existe data para apresentação do parecer. Ele lembrou, no entanto, que o Conselho de Ética continuará se reunindo às quartas-feiras para tratar do caso.
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