Política

Aliado de Bolsonaro, senador de MG defende fim da escala 6x1: "É desumana"

Discurso de Cleitinho Azevedo no Senado tem repercutido nas redes sociais

Por Da Redação

Aliado de Bolsonaro, senador de MG defende fim da escala 6x1: "É desumana"Créditos da foto: Waldemir Barreto/Agência Senado Fonte: Agência Senado

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), chamou atenção nas redes sociais por defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pelo fim da escala de trabalho 6x1. A opinião diverge do pensamento de grande parte dos políticos intitulados "de direita" no país, a exemplo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). 


Em discurso no Senado, na última terça-feira (12), Cleitinho afirmou que é preciso valorizar o trabalhador e disparou: "fonte de riqueza é o trabalhador, o empreendedor, o empresário. Fonte de despesa somos nós [parlamentares]".


Como argumento, o senador trouxe a história do pai, que trabalhava, segundo ele, em escala "7x0", e não tinha tempo para aproveitar momentos em família.


"Vi meu pai, que morreu agora esse ano, fazendo essa escala 7x0 e sabe o que aconteceu? O meu pai, sempre que chegava em casa, já deitava pra dormir pra acordar no outro dia pra trabalhar. O meu pai não ia nos meus jogos de futebol quando eu jogava bola, não foi nas apresentações que eu fiz quando eu era canto... nunca ia. Meu pai não parava um dia pra poder ensinar 'eu' a estudar... Não porque não queria. É porque não tinha tempo, porque sempre trabalhou", falou.


"Essa questão da escala 6x1 é desumana. Não é questão de ideologia. Que a gente possa representar o povo brasileiro, aqui, e que possamos, sim, nesse momento, agora, acabar com essa escala de 6x1. É questão de dignidade humana. Quem vai criticar não tem empatia pelo próximo e não faz essa escala", acrescentou Cleitinho Azevedo.


Além do discurso no Senado, o político também compartilhou um vídeo nas redes sociais onde exibe um cartaz que compara os rendimentos do "trabalhador", com salário mínimo de R$ 1.412, e os dos senadores, que recebem R$ 44 mil.


"Tem que acabar com essa escala de 6 por 1. Estão questionando o texto que está na Câmara [dos Deputados]. Então temos que mudar esse texto, que acabe com essa escala, mas também diminua o imposto do empresário", afirmou na ocasião.


DIVERGÊNCIA


Diferente do senador, Nikolas Ferreira tem feito campanha contra a PEC, argumentando que a proposta é "populista". 


"O pessoal do PSOL quer a imposição da escala 4x3. Basicamente, você trabalha 4 dias e descansa 3. Toma cuidado com essas medidas populistas, porque daqui a pouco você está fazendo escala 0 por 0, trabalhando zero dias e ganhando também zero reais", declarou o deputado federal.


Nikolas e Cleitinho estiveram juntos em eventos de campanha ao lado de Jair Bolsonaro e Bruno Engler (PL) neste ano e são apontados como possíveis candidatos ao governo de Minas Gerais em 2026. A divergência sobre a PEC coloca os dois em lados opostos em um debate que mobiliza tanto trabalhadores quanto empresários.  


PROPOSTA


O debate sobre a escala 6x1 ganhou força nos últimos dias, após a deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) intensificar esforços para reunir assinaturas em apoio à PEC. O texto sugere uma jornada semanal de 36 horas, distribuída em quatro dias, buscando maior equilíbrio entre trabalho e lazer para os brasileiros.  


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