Execução no "buzu": testemunha relata momentos de terror e diz ter ouvido mais de 100 tiros de fuzil em Salvador; veja depoimento
Gleidson Williams chegou a tentar pela porta dos fundos do coletivo, que fazia a linha Mussurunga - Fazenda Grande 4, mas foi alcançado.
Uma testemunha da execução de Gleidson Williams Almeida Oliveira, de 28 anos, morto dentro de um ônibus na localidade Vila Verde, em Salvador, contou os momentos de terror que viveu. A vítima estava dentro de um ônibus que foi parado por pelo menos seis homens, que estavam com fuzis, na noite de quinta-feira (29/9).
Pelo menos 100 tiros foram ouvidos. "Quando percebi, eles já estavam dando tiros. Os bandidos estavam arás de uma pessoa que estava no ônibus, que não estava cheio. Todos os passageiros deitaram no chão. Ouvimos muitos tiros. Eles conseguiram assassinar a pessoa e liberaram o ônibus. Pararam o veículo para isso", disse a testemunha.
Ela, que não se identificou por medo, confirmou que os assassinos estavam em grupo. "Tinham umas duas pessoas [criminosos] que estavam atrás do passageiro e mais umas quatro pessoas fora do coletivo", relatou. A região onde o crime aconteceu é conhecida como "Faixa de Gaza", por conta dos intensos confrontos envolvendo facções.
Gleidson Williams chegou a tentar pela porta dos fundos do coletivo, que fazia a linha Mussurunga - Fazenda Grande 4, mas foi alcançado. A testemunha confirmou a utilização de armamento pesado. "Era mais de um fuzil. Estavam com armamento grande. Ouvimos muitos tiros", resumiu.
O caso está sendo apurado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Foi a segunda execução na mesma região em 12 horas. O corpo de uma mulher foi encontrado na Travessa Jasmim na manhã desta sexta-feira (30/9). Segundo informações das Polícias Militar e Civil, ela foi atingida por disparos de arma de fogo.
A reportagem do Grupo Aratu entrou na Vila Verde e mostrou pichações em muros, com indicativo da facção criminosa Comando Vermelho.
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