Índice de aprovação de Bolsonaro sobe e supera reprovação pela primeira vez desde 2019, diz pesquisa
Índice de aprovação de Bolsonaro sobe e supera reprovação pela primeira vez desde 2019, diz pesquisa
A aprovação do governo Jair Bolsonaro (sem partido) aumentou no mês de setembro, chegando até a superar os números de reprovação à administração. Essa é a primeira vez que isso ocorre desde maio de 2019. Considerando a margem de erro, entretanto, a pesquisa revelou um empate técnico entre avaliações positivas e negativas em quase todos os tópicos pesquisados.
O levantamento foi feito pelo XP/Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) e divulgada nesta segunda-feira (14/9) pelo jornal Estadão. Dentre os entrevistados, 39% consideraram o governo ótimo ou bom, sendo que, no mês anterior, o número era de 37%. Aqueles que responderam "ruim ou péssimo" também foram 37% em agosto, mas caíram para 36% em setembro.
Como a margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos porcentuais, para cima ou para baixo, os números ainda representam um empate técnico, pois a diferença entre as respostas foi de cerca de 4% dos entrevistados. Os que consideram a administração regular aumentaram de 23% para 24%.
A empresa disse ter entrevistado mil brasileiros entre os dias 8 e 11 de setembro. A pesquisa apontou, ainda, que 40% das pessoas esperam que o restante do governo seja bom ou ótimo, maior que os 37% de agosto. Para 35%, será ruim ou péssimo, pouco menor que os 36% do mês anterior. O número dos que consideram que será regular cresceu 2% em um mês, chegando a 22%.
CORONAVÍRUS
A percepção da condução de Bolsonaro no combate ao coronavírus melhorou, pois o número de pessoas que respondeu ruim ou péssimo teve leve queda de 1% e chegou a 49% em setembro. O aumento daqueles que consideram ótimo ou bom avançou 4% e foi percebido em 28% das respostas.
Em setembro, a proporção da população que diz não estar com medo do coronavírus atingiu o maior nível desde fevereiro, com 29%. Em agosto, eram 28%. Outros 40% disseram estar com um pouco de medo, eram 38% em agosto, e 30% disseram estar com muito medo - a menor taxa desde fevereiro, quando eram 21%.
A proporção dos que consideram que o pior da crise do coronavírus já passou subiu acima da margem, a 60%, sendo que eram 52% em agosto. A maior queda foi registrada entre aqueles que responderam que "o pior ainda está por vir" chegando a 32%, menor que os 41% em agosto.
DINHEIRO
Pela primeira vez desde abril, aumentou o número de pessoas que acham que as dívidas vão piorar. Responderam que aumentará ou aumentará muito nos próximos seis meses 28% dos entrevistados, maior que os 24% do mês anterior. Os que esperam que os débitos diminuam ou diminuam muito caíram de 27% em agosto para 24% em setembro. A proporção dos que acham que as dívidas devem ficar como estão ficou estável em 37%.
Para 44% das pessoas que recebem o auxílio emergencial, a renda não voltará ao que era antes da pandemia, mesmo com o fim do isolamento social e a reabertura gradual da economia. Outros 49% disseram esperar retomar o nível de renda anterior.
Considerando a redução das parcelas do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300, 43% dos beneficiários avaliam que a renda ficará menor. Para 39%, ficará igual e outros 12% afirmaram que, mesmo com a diminuição, a renda irá aumentar.
Entre os beneficiários do auxílio emergencial, 49% acreditam que não serão beneficiados pelo Renda Brasil e 25% esperam ser contemplados pelo programa.
Para 47% da população, a decisão de manter o auxílio emergencial até o fim de 2020, com parcelas de valor reduzido, foi ótima ou boa. Consideraram ruim ou péssima a decisão 25%, em empate técnico com os 24% que a classificaram como regular.
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