Exclusivo! PMs criam rede para ajudar colegas envolvidos na morte de economista

Policiais militares criaram uma rede de apoio para ajudar os dois colegas envolvidos no assassinato do economista Márcio Perez, de 41 anos. O caso aconteceu no dia 19, entre os bairros de Jardim Armação e Costa Azul, em Salvador. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) disse que a ação está sendo tratada como homicídio.

Economista foi morto durante uma perseguição. Foto: arquivo pessoal

O grupo de apoio, chamado “Família Unida”, foi feito no WhatsApp. “Como é bom ter irmãos que podemos contar principalmente nos momentos mais difíceis. Estamos criando esta rede para nossos irmãos referente à situação no Jardim Armação. Comprovantes e extratos serão enviados e atualizado com o valor disponível!”, diz a descrição.

Até a manhã desta sexta-feira (28/9), 81 policiais tinham depósitos comprovados na conta destacada. Os valores somam pouco mais de R$ 4 mil. A maioria dos apoiadores é formada por praças (agentes que possuem a patente entre soldado e subtenente) lotados na 58ª Companhia Independente (CIPM/Cosme de Farias), onde os suspeitos trabalham.

Lista dos valores – Parte 1

Lista dos valores – Parte 2

Lista dos valores – Parte 3

Lista dos valores – Parte 4

O Aratu Online solicitou nota à assessoria da Polícia Militar da Bahia, mas, até o fechamento desta matéria, ainda não havia obtido resposta.

CASO  

Márcio foi atingido com um tiro na nunca após a perseguição policial envolvendo uma viatura da 58ª CIPM, que fica a cerca de nove quilômetros de onde tudo aconteceu. Na ocasião, o economista subiu em um canteiro na região do Costa Azul. Ele chegou a ser socorrido por policiais da 39ª CIPM para uma unidade de saúde, mas não resistiu. O corpo de Márcio foi liberado do IML na sexta-feira (20/9) e enterrado na Espanha.

O tiro foi disparado pela traseira do veículo onde o economista estava. Foto: Alana Rocha/TV Aratu

O assassinato chamou a atenção da imprensa internacional. Em uma das publicações, distribuída para sites da Europa, o prefeito de Ponte Caldelas (Pontevedra) ? onde os pais de Márcio nasceram -, Andrés Díaz Sobral, afirmou que está cobrando explicações da polícia brasileira. O gestor, inclusive, chamou as primeiras declarações da PM de ?contraditórias?.

LEIA MAIS: Caso Márcio Perez: polícia investiga relação entre acompanhante do economista e PM

Na última terça-feira (25/9), o promotor do Ministério Público da Bahia, Davi Gallo, concedeu entrevista sobre as investigações acerca da morte de Márcio. Segundo ele, a motivação pode ter sido passional, já que a acompanhante do economista naquela noite poderia ter um relacionamento com um policial militar, fato negado por ela.

?Sobre o caso de traição e envolvimento sentimental: não tem informação, inclusive depoimentos dela afastam a probabilidade de ter relacionamento com o PM, mas não descartaram [a Polícia Civil]. É uma das linhas, mas a mulher nega ter relacionamento?, frisou Davi Gallo na oportunidade.

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