"Bandido virou mocinho", diz presidente do Sindpoc após prisão de delegada e policiais civis
"Bandido virou mocinho", diz presidente do Sindpoc após prisão de delegada e policiais civis
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia, Eustácio Lopes, criticou nesta terça-feira (8/10) a prisão de três agentes que trabalham na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Salvador. A titular da unidade, Carla Ramos, também acabou presa.
Lopes diz que os servidores foram denunciados na segunda-feira (7/10) pela funcionária de uma casa lotérica que estaria sendo investigada na DRFR por desvio de verbas. No mesmo dia em que a queixa foi protocolada, os quatro acabaram presos. "A Corregedoria, ao invés de apurar, representa pela prisão dos servidores de forma injusta e equivocada gerando danos morais aos policiais civis?.
A Polícia Civil se limita a informar que investiga "uma denúncia de excessos que teriam sido praticados por equipes da Delegacia". A assessoria confirmou que mandados contra a titular da unidade e os investigadores Agnaldo Ferreira de Jesus, Carlos Antônio Santos da Cruz e Iraci Santos Leal foram cumpridos. O Sindpoc diz que Carlos e Iraci estavam de folga no momento da ocorrência.
Menos de 24h depois da ocorrência, todos foram liberados após um pedido na Justiça feito pelo Sindpoc. Os homens estavam na carceragem da Corregedoria da Polícia Civil, enquanto a delegada Carla Ramos ficou detida em uma sala do edifício-sede da Polícia Civil, no bairro da Piedade.
"O bandido agora virou mocinho e o mocinho virou bandido. O bandido para tentar impedir a investigação criminal, vai à Corregedoria e faz uma denúncia", alfinetou Eustácio Lopes. Os próximos passos da investigação não foram informados, mas os investigadores e a titular da DRFR devem ser afastados dos cargos até a conclusão do inquérito.