Menor nível de chuvas em 91 anos preocupa governo com risco de novo apagão elétrico
De acordo com o governo, o volume de chuva registrado desde outubro é o menor dos últimos 91 anos.
Apesar de o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afastar na última terça-feira (11/5) o risco de falta de energia elétrica no País em 2021, o Governo Federal criou uma sala de crise na quinta-feira (13/5) e deu início à discussão de um plano de ações para preservar água nos reservatórios das principais hidrelétricas.
O objetivo é um só: evitar o risco de escassez de energia no país. A primeira reunião debateu um plano de ações, que deve ser apresentado em 15 dias. Nele, estarão incluidas medidas como redução da vazão de parte dos reservatórios, o que deve levar à suspensão temporária no tráfego de embarcações em algumas hidrovias, como a Tietê-Paraná.
O motivo da mobilização do governo é a situação dos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por mais da metade da capacidade de geração do país. O armazenamento de água nesses reservatórios atualmente é o menor para essa época desde 2015 e bem próximo do registrado em 2001, quando o país passou por um "apagão" e um racionamento de energia.
Essa situação é resultado da falta de chuvas nas duas regiões nos últimos meses. De acordo com o governo, o volume de chuva registrado desde outubro é o menor dos últimos 91 anos. O governo já ampliou nos últimos meses a geração de energia por termelétricas, usinas que funcionam a partir da queima de combustíveis como óleo ou gás.
Essa medida permite reduzir a geração hidrelétrica e, consequentemente, poupar água dos reservatórios. Entretanto, a energia termelétrica é mais cara, e o aumento do uso já se reflete nas tarifas das contas de luz.
Por isso, o governo identificou a necessidade de adotar novas ações para preservar água dos reservatórios ao longo do período seco, que vai de maio a outubro, e tentar evitar o risco de faltar energia em 2022.
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