Caso Sáttia Lorena: polícia faz reconstituição para saber se médica foi jogada ou não de apartamento de luxo

Equipes da Polícia Civil e do Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizaram, na noite de quarta-feira (28/10), a reconstituição do caso que deixou ferida a médica Sáttia Lorena Patrocínio Aleixo, em julho, dentro de um condomínio no bairro de Jardim Armação, em Salvador.

A situação é tratada como tentativa de feminicídio. O suspeito é o então namorado de Sáttia, o também médico Rodolfo Cordeiro Lucas, que chegou a ficar preso seis dias. Durante a simulação foram analisados posicionamentos da vítima, de objetos na cena e de testemunhas nos imóveis vizinhos. 

A titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), de Brotas, Bianca Torres Andrade, acompanhou o trabalho dos técnicos. “Com esta simulação, poderemos chegar a um melhor entendimento do que ocorreu no dia 20 de julho e também atender a solicitação do Ministério Público". A polícia tem duas versões para o caso: o homem diz que a médica tentou se suicidar. A família dela nega, dizendo que o rapaz a empurrou. 

Participaram da reprodução simulada uma equipe de Perícia em Local de Crime do (DPT), com três peritos criminais e um técnico, além da delegada, Maraci Menezes Lima e dois investigadores. “Já realizamos outras oitivas que também irão complementar esta nova fase das investigações”, acrescenta a titular da Deam/Brotas. A ação teve o acompanhamento do promotor de Justiça Antônio Luciano Silva Assis.

O resultado será emitido pelo DPT e irá compor as diligências solicitadas pelo (MP-BA), em setembro. 

CASO

Tudo aconteceu na madrugada do dia 20 de julho. De acordo com a decisão que mandou prender o médico, um dos motivos para decretar prisão preventiva foi para manter a ordem pública, além de prevenir possível perigo gerado pelo “estado de liberdade do imputado”.

Durante o depoimento, Rodolfo Vicícius teria tido uma “narrativa desconexa, evasiva e sem conteúdo”.

Sáttia ficou internada no Hospital Geral do Estado em situação considerada gravíssima. O primo dela, Anderson Patrocínio, classificou o relacionamento de Sáttia com Rodolfo como "conturbado". Inicialmente, a polícia chegou a dizer que os dois eram casados, mas a família esclareceu que ambos mantinham um namoro. O médico foi levado pela Polícia Militar para a DEAM logo depois da queda. 

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