Caso Neymar: secretária de Políticas Para Mulheres fala sobre estupro pós consenso e crime digital
Caso Neymar: secretária de Políticas Para Mulheres fala sobre estupro pós consenso e crime digital
A secretária de Políticas Para Mulheres (SPM), Julieta Palmeira comentou a acusação de estupro feita contra Neymar, pela modelo baiana Yasmin Pastore Abdala. Durante o programa do AratuOn, na tarde desta terça-feira (4/6), a pesquisadora levantou reflexões sobre estupro pós consentimento e crime digital.
Julieta diz que independente da apuração da Justiça, o caso abre reflexão. "Uma mulher pode sofrer estupro mesmo nas condições em que estava, de ter aceito uma passagem para Paris e ter consentido". A secretária não condena qualquer lado, por ser "uma coisa para a Justiça", mas diz que estes casos podem acontecer mesmo com pessoas que a mulher tenha um relacionamento, como o esposo ou namorado. "Ela pode querer e depois, por se sentir desconfortável, por se tornar uma coisa agressiva, não querer mais. É nisso que a gente vem insistindo. Depois do não, é tudo estupro", explica.
Para se defender, após a acusação ganhar repercussão da mídia, Neymar publicou as conversas entre ele Yasmin, com fotos íntimas da modelo. A secretária diz que em qualquer circunstância, a divulgação de cenas íntimas sem o consentimento prévio se configura violência contra a mulher. "Isso é uma questão da legislação, que se chama Marco Civil da Internet. Recente, mas que foi uma grande conquista, que leva em conta a questão da privacidade. E é uma coisa que afronta a Lei Maria da Penha, porque, de fato, é violência", aponta.
Sobre as acusações dos internautas antes do parecer da Justiça, defende: "a mulher não pode ser a princípio, uma fonte que a gente desconfie".
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