EUA aprova primeiro novo medicamento para Alzheimer em quase duas décadas
O aducanumab, da farmacêutica Biogen, é o primeiro remédio produzido para atacar o processo degenerativo da doença
Os Estados Unidos aprovaram, nesta segunda-feira (7/6), um medicamento para tratar pacientes com Alzheimer, o primeiro remédio contra a doença em quase duas décadas e o primeiro a combater o declínio cognitivo relacionado à doença.
O remédio, conhecido comercialmente como Aduhelm, é recomendado para retardar o declínio cognitivo de pacientes nos estágios iniciais da doença, a fim de evitar a perda da memória e da capacidade de cuidar de si mesmo. Ele deve ser administrado por uma infusão intravenosa mensal. Os tratamentos aprovados anteriormente atuam apenas sobre os sintomas de demência.
Com este parecer, o medicamento caminha agora para um processo de aprovação rápida da Food and Drug Administration (FDa, autoridade sanitária reguladora dos Estados Unidos. O órgão acredita que a droga pode fornecer benefícios significativos em relação aos tratamentos existentes, mas ainda há alguma incerteza.
A aprovação foi dada em meio a controvérsias sobre os resultados de ensaios clínicos para a droga e a oposição do comitê consultivo independente da FDA. Alguns médicos afirmaram que os estudos foram inconsistentes e que mais evidências seriam necessárias antes da liberação do uso.
O Aduhelm foi testado em dois ensaios em humanos em estágio avançado da doença, conhecidos como ensaios de fase 3. Ele demonstrou uma redução no declínio cognitivo em um, mas não no outro.
A fabricante já fez o pedido para que as agências sanitárias do Brasil, União Europeia e Japão iniciem a revisão regulatória do medicamento. A FDA informou que o medicamento poderá ser comercializado, mas ensaios clínicos pós-aprovação serão necessários para verificar o benefício clínico do medicamento. Caso não funcione como pretendido, o medicamento poderá ser retirado do mercado.
Estima-se que o Alzheimer, a forma mais comum de demência, afete 50 milhões de pessoas em todo o mundo e geralmente começa após os 65 anos. Ele destrói progressivamente o tecido cerebral, afetando a memória das pessoas, deixando-as desorientadas e às vezes incapazes de realizar as tarefas diárias.
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