Ativista dos direitos humanos e organizações da Rússia e Ucrânia recebem Nobel da Paz

Em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura quase oito meses, um ativista bielorusso, uma organização russa e outra ucraniana são os grandes ganhadores do Nobel da Paz 2022. 

O ativista Ales Bialiatski, que está preso na Bielorússia, a organização Memorial, considerada um pilar da sociedade civil russa, que chegou a ser perseguida pelos tribunais do país, e a Center for Civil Liberties (Ucrânia) foram anunciados nesta sexta-feira (7/10), em Oslo, na Noruega.

O Comitê Nobel Norueguês justificou que os três esforçaram-se para denunciar crimes de guerra, de abuso do poder e de violações dos direitos humanos. De acordo com a Academia, os ganhadores "representam a sociedade civil em seus países de origem". 

Foi reforçado que, durante muitos anos, eles "promoveram o direito de criticar o poder e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos, fizeram um esforço notável para documentar crimes de guerra, abusos dos direitos humanos e abuso de poder". Assim, juntos, "demonstram a importância da sociedade civil para a paz e a democracia".

O Nobel da Paz tem forte carga simbólica e será entregue no dia 10 de dezembro, em Oslo. O prêmio consiste em uma medalha e um diploma, juntamente com um documento que confirma o valor do prêmio, de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 919 mil euros, no câmbio atual), que vai ser distribuido pelas várias categorias.

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