Suspeita de propina de um dólar por dose de vacina contra Covid-19 será investigada pela Procuradoria
Roberto Dias, que chegou a ser detido durante seu depoimento à CPI da Covid, diz que "a abertura de inquérito é uma oportunidade ímpar para esclarecer os fatos".
A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu nesta sexta-feira (23/7) um inquérito civil para investigar o suposto pedido de propina, de US$ 1 (um dólar) por dose de vacina da AstraZeneca, feito por Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde durante negociação para aquisição de vacinas contra a Covid-19, travada com Luiz Paulo Dominguetti Perreira.
Os procuradores vão analisar indícios de improbidade administrativa. A decisão foi assinada pela procuradora Melina Castro Montoya Flores e publicada nesta no Diário do Ministério Público Federal desta sexta.
Flores analisou de forma preliminar os indícios e avaliou que há elementos para a abertura formal de uma investigação, sendo necessário aprofundar o caso com diligências. Dias foi exonerado do cargo no Ministério da Saúde em 29 de junho, após Luiz Paulo Dominghetti ter concedido entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo" revelando o esquema.
À CPI da Covid, Dominghetti disse que procurou a pasta para negociar 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. POr sua vez, Dias negou o pedido de propina em seu depoimento. Na ocasião, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), deu voz de prisão a Dias, acusando o ex-diretor de mentir. O ex-servidor foi detido e depois de prestar depoimento à Polícia Legislativa e pagar fiança foi libertado.
Roberto alega que "a abertura de inquérito civil pela Procuradoria da República no DF para investigar o suposto pedido de propina, foi recebido como uma oportunidade ímpar para esclarecer os fatos, oportunizando a manifestação de todos envolvidos para desmascarar a mentira criada por Luís Dominguetti".
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