Política

Escândalo no Judiciário: citados em delação, Ângelo Coronel e Maurício Barbosa se defendem e alegam falta de provas

Citados em um grupo de 68 pessoas Coronel e Barbosa negam envolvimento em “braços” do esquema criminoso investigado pela Operação Faroeste.

Por Jean Mendes

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O senador Ângelo Coronel (PSD-BA) e o ex-secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, citados nas delações premiadas da desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo, e do filho dela, o advogado Vasco Rusciolelli Azevedo, alegam inocência, diante das acusações, que constam no documento enviado ao Ministério Público Federal (MPF).


Citados em um grupo de 68 pessoas Coronel e Barbosa negam envolvimento em “braços” do esquema criminoso investigado pela Operação Faroeste. O senador, também presidente da CPMI das Fake News e relator da Reforma do Imposto de Renda, é acusado de, enquanto deputado estadual pela Bahia, fazer coações em troca de favorecimento pessoal. 


A desembargadora Sandra Inês relatou em sua colaboração ter pedido R $ 50 mil para se declarar incompetente e reconhecer a prevenção do desembargador Baltazar Miranda para julgar um processo envolvendo a Sabore Cia, empresa ligada ao deputado estadual Diego Coronel (PSD-BA), filho do senador.


“Uma verdadeira mentira. Inclusive, a sentença dada contra a empresa foi contrária na época. Isso é calunioso. Isso é a pessoa morrendo afogada que quer levar você junto no abraço. Não a conheço, não conheço o filho e nem o advogado que patrocina a causa. Vou abrir um processo contra a delatora por injúria”, disse Coronel, acrescentando que “quem deleta tem que provar”.


Acusado de ser o responsável por coagir quem tentasse contrariar os interesses do grupo criminoso, investigado pela Faroeste, Maurício Barbosa, também, alega inocência. Segundo publicou a Folha de São Paulo, o advogado Sérgio Habib, que defende o ex-secretário disse que ele não tinha qualquer ligação com os magistrados envolvidos no esquema. 


“A relação entre eles era institucional. Os delatores inventaram uma série de narrativas para se livrar de uma pena de 20 anos e de 22 anos. A delação só tem valor se vier acompanhada de provas e essas provas os delatores não apresentam até porque não existem. Meu cliente confia na justiça onde provará a sua inocência. Lembrando que toda delação que não reflita a verdade pode ser impugnada, conforme diz a lei”.


LEIA MAIS: Investigado pela Operação Faroeste, desembargador Gesivaldo Britto é beneficiado com aposentadoria compulsória


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