Com protestos de vereadores cristãos e discussão, Câmara de Salvador aprova Plano de Cultura com inclusão da temática LGBTQIA+
O texto sobre a cultura contou com contestações, no púlpito da Casa, dos vereadores Isnard Araújo (PL), Cátia Rodrigues (DEM) e Alexandre Aleluia (DEM)
Em sessão extraordinária polêmica nesta quarta-feira (15/12), a Câmara de Salvador aprovou o Plano Municipal de Cultura com a inclusão da temática LGBTQIA+, e manteve os vetos do prefeito Bruno Reis (DEM) à lei que promove alterações em poligonais e em áreas de proteção ambiental em Salvador.
O texto sobre a cultura contou com contestações, no púlpito da Casa, dos vereadores Isnard Araújo (PL), Cátia Rodrigues (DEM) e Alexandre Aleluia (DEM) – este discutiu de forma calorosa com Laina Crisóstomo (PSOL) -.
“Seu partido desrespeita nosso Deus e a história do Brasil”, atacou Aleluia, que é um dos expoentes bolsonaristas na Casa, e fez um discurso de defesa de ordem “cristã” de que não houvesse inclusão de políticas culturais contra o rasicmo e voltadas à comunidade LGBTQIA+.
Votaram de forma contrária os vereadores cristãos Anderson Ninho (PDT), Alexandre Aleluia, Cátia Rodrigues (DEM), Júlio Santos (Republicanos), Isnard Araújo e Ireuda Silva (Republicanos). Outros vereadores da bancada religiosa voltaram atrás e não votaram de maneira contrária. Foram eles: Ricardo Almeida (PSC), Orlando Palhinha (DEM), Débora Santana (Avante) e Joceval Rodrigues (Cidadania). O acordo foi feito após inclusão da cultura cristã no plano.
O relator do projeto, Silvio Humberto, comemorou. “Hoje se fez justiça. Hoje, é o tempo da igualdade para valer. Não podemos ter igualdade de forma parcial. Hoje, votamos um plano estratégico, que respeita as diferenças e, ao respeitá-las, afirma. As diferenças não podem ser marcadoras das desigualdades”, disse.
Anteriormente, os vereadores aprovaram a Política Municipal de Incentivo à Energia Solar Fotovoltaica, com votos contrários da oposição e do vereador Edvaldo Brito (PSD). Estes elogiaram o projeto, mas criticaram pontos técnicos do texto.
A oposição se absteve em relação aos votos de manutenção dos vetos de Bruno Reis sobre as modificações nas poligonais. O texto é alvo de crítica de 56 entidades de proteção ambiental, que pediram apuração da Corregedoria da Câmara e do Ministério Público do Estado (MP-BA).
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