Com 437 votos, Câmara aprova cassação do mandato de Flordelis; sete deputados foram contra
A deputada é acusada de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa.
A ex-deputada Flordelis (PSD-RJ), que foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob a acusação de ter encomendado a morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019, teve o mandato cassado nesta quarta-feira (11/8). Foram 437 votos a favor e apenas sete contra. Outros 12 deputados se abstiveram.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a dar preferência a um projeto de resolução antes do início da votação, em vez de votar o relatório do deputado Alexandre Leite (DEM-SP) no conselho de ética. Com isso, os parlamentares puderam apresentar emendas para propor penalidades mais brandas à deputada.
Leite alegou que as provas já obtidas, em mensagens e depoimentos, mostram que a deputada teve participação ativa no planejamento da morte de Anderson do Carmo. "Aqui, nós nos ativemos às questões meramente ético-disciplinares que regem o mandato parlamentar", justificou Leite.
Ainda assim, Flordelis argumentou que o parecer foi baseado em "palavras sem provas" e defendeu sua inocência. "Eu saio de cabeça erguida porque eu sei que sou inocente e todos saberão que eu sou inocente. A minha inocência será provada. Vou continuar lutando para garantir a minha liberdade, a liberdade dos meus filhos e da minha família, que está sendo injustiçada também com tudo o que está acontecendo. A minha família está sofrendo. A minha família está sendo julgada", declarou Flordelis.
A cassação do mandato de Flordelis já havia sido aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara em junho, mas ainda dependia do plenário da Casa.
RELEMBRE O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado com pelo menos 30 tiros depois de chegar em casa com Flordelis, em Niterói, na região metropolitana do Rio, em junho de 2019. Em agosto daquele mesmo ano, um dos 55 filhos da pastora revelou à Polícia Civil que acredita que a mãe tenha sido a “mentora intelectual” do assassinato. Depois disso, foi descoberto que o plano para matar o pastor teve início em maio de 2018, com um envenenamento em doses por arsênico. A deputada foi acusada de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa.
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