Terreiro em Cachoeira é tombado pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro
Em 2024, o local foi tombado como Patrimônio Imaterial da Bahia, e está inscrito no Livro do Registro Especial de Espaços de Práticas Culturais Coletivas
Por Bruna Castelo Branco.
O Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, da cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, foi tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nesta quinta-feira (29/2), em Brasília.
Em 2024, o local foi tombado como Patrimônio Imaterial da Bahia, e está inscrito no Livro do Registro Especial de Espaços de Práticas Culturais Coletivas.
O Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê foi fundado em 1916 por Judith Ferreira do Sacramento. O local, uma Casa de Santo da Nação Nagô, fica localizado num platô na localidade da Terra Vermelha, e é um dos ícones de resistência à intolerância religiosa em Cachoeira. O patrono do Terreiro é o Orixá Xangô.
Em setembro do ano passado, o líder religioso Pai Duda de Candola denunciou invasões de funcionários da empresa Penha Papel e Celulose no terreiro. Na época, o babalorixá afirmou que os ataques ao espaço começaram em 2020, quando um grupo de homens armados invadiu a propriedade e destruiu a cerca de proteção.
Este é o décimo terreiro já tombado pelo Iphan. Dos 10 espaços, 9 estão na Bahia. Veja a lista completa: Salvador (Bahia): Casa Branca do Engenho Velho Axé Opô Afonjá Ilê Iyá Omim Axé Iyamassé (Gantois) Ilê Maroiá Láji (Alaketo) Bate-Folha Ilê Axé Oxumaré Itaparica (Bahia): Omo Ilê Agboulá Cachoeira (Bahia): Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê Zogbodo Male Bogun Seja Unde (Roça do Ventura) São Luís (Maranhão): Casa das Minas JejeSiga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).