Marido morto, empresária de luxo condenada e comparsa fugindo da prisão em Salvador: sequestro de 2001 movimenta Justiça baiana
O novo episódio dessa história começou com a morte de Leandro Silva Troesch, no dia 27 de fevereiro. O homem, um dos condenados pelo sequestro, foi encontrado sem vida dentro de uma pousada de luxo.
Um sequestro praticado em 2001 contra uma pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) ganhou, novamente, os holofotes da Justiça. É que, nos últimos dias, três dos cinco condenados tiveram movimentações consideradas, no mínimo, suspeitas e coincidentes, que estão sendo acompanhadas pela Polícia Civil.
O novo episódio dessa história começou com a morte de Leandro Silva Troesch, no dia 27 de fevereiro. O homem, um dos condenados pelo sequestro, foi encontrado sem vida dentro de uma pousada de luxo no município de Jaguaripe - a 102 km de Salvador -, que era de sua propriedade. A esposa dele, também participante do sequestro, Shirley da Silva Figueiredo, é considerada foragida.
No episódio contra a pesquisadora, o líder do bando era Joel Costa Duarte. Ele, que tem condenações por sequestro e roubo, fugiu do Complexo Penitenciário da Mata Escura no último sábado (5/3). Flávio Manoel de Jesus Santos, que responde por recepção e estupro, e Amilton Silva da Conceição, condenado por roubo, também escaparam.
Segundo o Sindicato dos Policiais Penais da Bahia, os três abriram uma passagem na parede do módulo quatro da Penitenciária Lemos de Brito e fugiram pela mata. O pavilhão está interditado pelo mal estado de conservação, mas presos que exercem atividades laborativas e condenados por crimes sexuais continuam ocupando o local.
No mesmo dia, o Tribunal de Justiça da Bahia, por meio do juiz Almir Pereira de Jesus, determinou que Shirley da Silva volte para trás das gradas. Ela estava em prisão domiciliar, mas descumpriu a medida. Agora, ela pode ser presa a qualquer momento, após pedido formulado pelo titular da Delegacia Territorial de Jaguaripe, Rafael Magalhães.
A reportagem do Aratu On tentou contato com o delegado, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. Além de saber do paradeiro de Shirley, a Polícia Civil também apura a morte do marido dela.
SEQUESTRO
O crime aconteceu no bairro de Itapuã. A vítima foi abordada no momento em que estacionava seu carro. A Polícia concluiu na época que a quadrilha queria praticar um sequestro relâmpago, mas a ideia se estendeu por dois dias por conta do saldo de R$ 35 mil que a pesquisadora tinha na sua conta. O grupo, liderado por Joel, queria todo o dinheiro.
Após libertar a vítima, Shirley, Leandro e Carlos Alberto de Jesus de Andrade foram logo identificados e presos, na região do Antigo Aeroclube. Joel e Júlio da Silva Santos foram localizados dias depois.
A Secretaria da Segurança Pública da Bahia, na época, disse que Leandro era o responsável por conduzir o carro com o comparsa e a vítima, para realização de saques. Já a esposa dele tinha outro papel importante: receber o pagamento do sequestro direto da vítima, dentro de um cativeiro em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
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