Liderado por mulher, bando que tinha prazer em humilhar e bater em "desafetos" é alvo da Polícia Civil na Bahia; um dos "tribunais" foi filmado
A operação, batizada de "Thêmis", tinha o objetivo de cumprir 10 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão.
Sete pessoas foram presas durante uma megaoperação da Polícia Civil no município de Iguaí, a 505 km de Salvador, nesta quarta-feira (23/2). O grupo, considerado perigoso, era responsável pelo tráfico de drogas na cidade e tinha como característica a tortura de rivais e usuários de entorpecentes. Tudo era liderado por uma mulher de 27 anos.
A operação, batizada de "Thêmis", tinha o objetivo de cumprir 10 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão. Investigações comandadas pela 21ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin/Itapetinga) apontam que foi a líder, de iniciais Q.C.D.S, quem instituiu o "tribunal do crime" contra suas vítimas.
Polícia Civil vai às ruas em megaoperação em Iguaí pic.twitter.com/VSL3U7WGgU
— Aratu On (de 🏠) (@aratuonline) February 23, 2022
De acordo com a Polícia Civil, um desses “julgamentos” foi filmado pela quadrilha. O arquivo viralizou nas redes sociais e chama a atenção pela crueldade. As imagens, que não serão reproduzidas pelo Aratu On, mostram uma vítima amarrada, sendo torturada e surrada com golpes de fio elétrico. "No rosto não", ordena um dos bandidos.
As apurações ainda indicam que a quadrilha é envolvida diretamente no tráfico de drogas, roubos, porte de arma de fogo e há indícios que tenha ordenado um homicídio ocorrido em novembro de 2021. Também ficou confirmado que o bando tem envolvimento na explosão de uma agência bancária na cidade de Iguaí, ocorrida no início de dezembro.
Quatro integrantes do bando escaparam e são considerados foragidos. Durante a operação, ainda foi localizado e preso, no interior da residência da chefe da quadrilha, um homem de 26 anos, portanto um revólver e drogas. A polícia diz que ele seria o “segurança” da líder. O homem tinha mandado de prisão em aberto pelo Distrito Federal.
Em poder da quadrilha foram aprendidos dois revólveres; munições de diversos calibre, inclusive uma geralmente utilizada em fuzil; uma pistola de brinquedo; maconha; cocaína; crack; três balanças de precisão; centenas de cápsulas vazias; rádios; oito celulares e uma motocicleta com sinais de adulteração.
A operação contou com a participação de 40 policiais civis do Departamento de Polícia do Interior (DEPIN) - 21ª Coorpin e 10ª Coorpin (Vitória da Conquista) -, CATI-DEPIN/Jequié, Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) e Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (DRACO) de Vitória da Conquista.
A Operação foi batizada de “THÊMIS” em referência à Deusa da Justiça que tem sua origem na mitologia grega. Thêmis é descrita como “de bom conselho”, e é a personificação da ordem, da lei e protetora dos oprimidos.
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