Corpo de empresário sequestrado e morto em Pojuca está no IML desde abril; crime aconteceu em 2021
A família do empresário já foi avisada, mas o órgão não precisou qual foi a data da identificação
O corpo do empresário Marcos Antônio Costa Trinchão está no Instituto Médico Legal de Salvador (IML), deste o dia 12 de abril de 2023. A informação foi confirmada ao Aratu On pela assessoria de comunicação do órgão, na tarde desta quinta-feira (14/9). Ele estava desaparecido desde fevereiro de 2021, após ter sido sequestrado no município de Pojuca, na Região Metropolitana de Salvador.
Segundo o IML, a ossada chegou através do Departamento de Polícia Técnica do município de Alagoinhas, onde foi provavelmente encontrada, e segue no órgão desde este dia. A família do empresário já foi avisada, mas ainda não compareceu para realizar a retirada dos restos mortais.
Não é possível precisar, contudo, qual foi a data da identificação, que pode ter levado até meses para ser confirmada. O processo formal de reconhecimento foi feito através do banco de perfil genético do DPT da Bahia, que traça linha de banco de dados de desaparecidos com ossadas encontradas.
Marcos Antônio, que era empresário conhecido na cidade, estava na frente de um restaurante no Centro da Pojuca, quando foi surpreendido por homens armados que estavam a bordo de um veículo, modelo Palio. Em seguida, a família Trinchão começou a receber ameaças via telefone, seguidas de extorsões, que chegavam ao valor de R$ 1 milhão.
SUSPEITO
Um policial militar da Bahia é suspeito de comandar, de dentro do Batalhão prisional da corporação, o sequestro e extorsão do empresário.
Documento obtido com exclusividade pela reportagem do Aratu On, à época do caso, apontou que o soldado Lenilson Santos Costa foi transferido para o presídio de Serrinha, de segurança máxima, depois de o Tribunal de Justiça entender, no dia 7 de abril, que ele desempenhou "função de liderança ou participou de forma relevante em organização criminosa".
De acordo com a decisão que autorizou a transferência de Lenilson do Batalhão de Choque – unidade em Lauro de Freitas que abriga os PMs presos -, o recolhimento do soldado em "estabelecimento prisional, que não seja de segurança máxima, poderá implicar risco à sociedade, já que, pelo relatório de inteligência policial, mesmo recolhido em cárcere sob a responsabilidade da Polícia Militar, o indigitado utilizou aparelho de telefonia móvel para servir de instrumento à consumação do crime que vitimou Marcos". O texto foi assinado pelo juiz Sandraque Oliveira Rios.
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