Em comemoração aos 50 anos, bloco Ilê Aiyê ganha cobertura especial da TV Aratu
Nesta quarta-feira (25/10), os detalhes da parceria foram afinados por dirigentes das duas organizações, na sede da emissora, no bairro da Federação, em Salvador.
divulgação
Uma das entidades carnavalescas mais antigas da Bahia vai ganhar cobertura especial da TV Aratu. Em 2024, o Ilê Aiyê completa 50 anos e, a partir do próximo dia 1º de novembro, quando "O mais belo dos belos!" completa 49 anos, será iniciada a programação da Emissora do Galinho, dedicada ao bloco afro.
Nesta quarta-feira (25/10), os detalhes da parceria foram afinados por dirigentes das duas organizações. A "Noite da Beleza Negra", os rituais e tradições, além de todo acervo de imagens da emissora, vão ser elementos utilizados para recontar a história de resistência da agremiação que nasceu no Curuzu.
O ano do cinquentenário do Ilê é também de celebração para a TV Aratu que completa 55 anos.
https://www.youtube.com/watch?v=lS1EuXnAxGo
HISTÓRIA DE LUTA E REPRESENTATIVIDADE
Fundado em novembro de 1974 por Antonio Carlos dos Santos Vovô, conhecido como o Vovô do Ilê, a história do bloco coincide com um momento histórico importante. Na década de 1970, o mundo assistiu ao surgimento de vários movimentos que lutavam e incentivavam a valorização da cultura negra.
Foi o caso do movimento Négritude, da prisão de Angela Davis (EUA), da criação do Dia da África (ONU) e da independência de vários países africanos, como Cabo Verde, Angola e Moçambique, entre outros eventos.
Foi nesse contexto que surgiu o bloco Ilê Ayê, que chegou com uma proposta até então inédita no país: um bloco formado exclusivamente por negros.
Na época, a ideia desagradou vários setores da sociedade, mas não houve desistência e o projeto seguiu em frente.
Sediado no terreiro Ilê Axé Jitolu, localizado na ladeira do Curuzu, no bairro da Liberdade em Salvador, o bloco ocupou uma periferia majoritariamente negra da capital baiana.
Nesse local, o Ilê funcionou por aproximadamente 20 anos, onde foi estabelecido a diretoria, a secretaria, o salão de costura e a recepção de associados do Ilê Ayê.
E sua estreia no Carnaval de Salvador não demorou muito. Em 1975, o bloco saiu às ruas da capital baiana pela primeira vez, como o Vovô do Ilê tocando timbal. Aliás, o nome que ele tinha pensado para o bloco era bem diferente do que ganhou fama nacional e internacional.
COMPROMISSO SOCIAL
Diferentemente de outros blocos, o Ilê não atua apenas durante os dias de folia. Ao longo de toda sua história, o bloco estendeu suas ações para diversos setores da comunidade, promovendo a defesa de questões éticas e ações educativas e de transformação social.
Além disso, em diversos momentos, o bloco abordou assuntos ligados à temática negra, que muitas vezes, não eram abordados nas escolas brasileiras.
Entre 1976 e 1988, por exemplo, o Ilê escolhei trabalhar temas que contassem um pouco da história do continente negro. Em 1976, o bloco contou a história de Watusi; em 1981, Zimbábue, em 1981; em 1984, Angola; e em 1988, Senegal, em 1988.
Por isso, diferentemente de outros blocos, o Ilê não se limita a canções de militância tocadas apenas durante os dias de folia. Trata-se de um projeto amplo que defende questões éticas, de educação e transformação social, oferecendo educação e arte aos jovens do bairro.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
Nesta quarta-feira (25/10), os detalhes da parceria foram afinados por dirigentes das duas organizações. A "Noite da Beleza Negra", os rituais e tradições, além de todo acervo de imagens da emissora, vão ser elementos utilizados para recontar a história de resistência da agremiação que nasceu no Curuzu.
O ano do cinquentenário do Ilê é também de celebração para a TV Aratu que completa 55 anos.
https://www.youtube.com/watch?v=lS1EuXnAxGo
HISTÓRIA DE LUTA E REPRESENTATIVIDADE
Fundado em novembro de 1974 por Antonio Carlos dos Santos Vovô, conhecido como o Vovô do Ilê, a história do bloco coincide com um momento histórico importante. Na década de 1970, o mundo assistiu ao surgimento de vários movimentos que lutavam e incentivavam a valorização da cultura negra.
Foi o caso do movimento Négritude, da prisão de Angela Davis (EUA), da criação do Dia da África (ONU) e da independência de vários países africanos, como Cabo Verde, Angola e Moçambique, entre outros eventos.
Foi nesse contexto que surgiu o bloco Ilê Ayê, que chegou com uma proposta até então inédita no país: um bloco formado exclusivamente por negros.
Na época, a ideia desagradou vários setores da sociedade, mas não houve desistência e o projeto seguiu em frente.
Sediado no terreiro Ilê Axé Jitolu, localizado na ladeira do Curuzu, no bairro da Liberdade em Salvador, o bloco ocupou uma periferia majoritariamente negra da capital baiana.
Nesse local, o Ilê funcionou por aproximadamente 20 anos, onde foi estabelecido a diretoria, a secretaria, o salão de costura e a recepção de associados do Ilê Ayê.
E sua estreia no Carnaval de Salvador não demorou muito. Em 1975, o bloco saiu às ruas da capital baiana pela primeira vez, como o Vovô do Ilê tocando timbal. Aliás, o nome que ele tinha pensado para o bloco era bem diferente do que ganhou fama nacional e internacional.
COMPROMISSO SOCIAL
Diferentemente de outros blocos, o Ilê não atua apenas durante os dias de folia. Ao longo de toda sua história, o bloco estendeu suas ações para diversos setores da comunidade, promovendo a defesa de questões éticas e ações educativas e de transformação social.
Além disso, em diversos momentos, o bloco abordou assuntos ligados à temática negra, que muitas vezes, não eram abordados nas escolas brasileiras.
Entre 1976 e 1988, por exemplo, o Ilê escolhei trabalhar temas que contassem um pouco da história do continente negro. Em 1976, o bloco contou a história de Watusi; em 1981, Zimbábue, em 1981; em 1984, Angola; e em 1988, Senegal, em 1988.
Por isso, diferentemente de outros blocos, o Ilê não se limita a canções de militância tocadas apenas durante os dias de folia. Trata-se de um projeto amplo que defende questões éticas, de educação e transformação social, oferecendo educação e arte aos jovens do bairro.
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