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Vereador fala em 'interferência do poder municipal' para frear movimento dos rodoviários; confira

"Estamos há sete rodadas de negociação e não avançou nada", afirmou Tiago Ferreira, presidente da Comissão de Transporte da Câmara Municipal de Salvador

Por Juana Castro

Vereador fala em 'interferência do poder municipal' para frear movimento dos rodoviários; confiraCréditos da foto: Reprodução/TV Aratu

A situação dos rodoviários em Salvador foi um dos temas comentados pelo vereador Tiago Ferreira (PT), em entrevista ao Aratu Notícias desta sexta-feira (3/5). O edil, que também preside a Comissão de Transporte da Câmara (CMS) e é dirigente do Sindicato dos Rodoviários, falou sobre a relação do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), com a categoria diante das assembleias, protestos e paralisação das atividades.


Ferreira cobrou maior participação do gestor municipal. "Há uma concessão. Entendo que quando a gente contrata para prestar serviço público à população, o gestor que detém a concessão pública deve chamar para mediar, para conversar", iniciou, sugerindo que existe "uma interferência do poder municipal de frear a mobilização da categoria".


"Estamos há sete rodadas de negociação e não avançou nada", afirmou. Para ele, a situação só "chama atenção" após realização de manifestações e assembleias, porque também envolve o estado.
Questionado pelo apresentador, o jornalista Pablo Reis, se o movimento dos rodoviários seria político, dado que 2024 é um ano eleitoral, Tiago Ferreira disse que não. "Antes de ser vereador eu já era dirigente do sindicato. Se usássemos para fazer política, todo ano teria greve, e não teve. Ele [Bruno Reis] sentava, conversava...", continuou, criticando a atual falta de diálogo com a prefeitura.
Ainda na ocasião, o vereador declarou que o objetivo dos rodoviários não é fazer greve, mas, sim "resolver a situação dos trabalhadores". "Chamar de 'movimento político' é tirar a responsabilidade'".
A próxima assembleia da categoria será realizada na quinta-feira (9/5). Até lá, ele garantiu que não haverá greve, mas deixou em aberto a possibilidade de protestos e conversas. "Tem um corpo mais diretivo ali, definimos algumas posições, depois levamos para a base (rodoviários), que tem o poder de decidir se haverá greve, ou não", pontuou.

"É momento de buscar o diálogo, com os rodoviários, com o secretário [municipal de Mobilidade] Fabrizzio Muller, com o prefeito… talvez tenhamos, ainda, que pedir mediação dos órgãos de controle, como o Ministério Público do Trabalho (MPT). Queremos mais condições de trabalho", completou.


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