USP toma decisão inédita e expulsa jovem branco acusado de fraudar cotas; votação foi unânime
USP toma decisão inédita e expulsa jovem branco acusado de fraudar cotas; votação foi unânime
O estudante do curso de relações internacionais, Braz Cardoso Neto, de 20 anos, foi expulso da Universidade de São Paulo (USP) nesta segunda-feira (12/7), sob alegação de fraudar cotas raciais e sociais. Esse é o primeiro julgamento de fraude da história da universidade em 193 anos e a decisão foi unânime.
No ato da inscrição para o vestibular, o jovem alegou ser pardo, ter ascendência negra e ser de baixa renda, mas nunca chegou a comprovar a declaração. O Coletivo de Negras e Negros do Instituto de Relações Internacionais da USP, responsável pela denúncia, abriu o processo que demorou mais de um ano, e recebeu do jovem fotos de pessoas negras dizendo serem seus avós, mas não compartilhou com os membros do comitê dados que comprovassem o parentesco. Informações são da Folha de S.Paulo.
No âmbito social, o estudante disse ter renda familiar de R$ 4.000 para quatro pessoas, sendo três responsáveis pela renda e uma dependente. No entanto, segundo investigação, ele viajava constantemente, inclusive para fora do país e, segundo colegas de turma, seu meio de transporte era um carro particular. À comissão, o jovem alegou utilizar transporte público para o trajeto para a universidade e que a viagem a Miami, registrada em fotos nas suas redes sociais, foi um presente.
Segundo os critério das cotas, a ascendência não é critério para inclusão na política de cotas da universidade, na qual pesa o fenótipo (aparência). O estudante teve direito a defesa, segundo a universidade, mas não conseguiu comprovar a renda declarada para ingresso na instituição.
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