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Trabalhadores resgatados no RS são contratados por rede de supermercados na Bahia

Profissionais estão em contato com duas empresas através de secretaria municipal de Lauro de Freitas.

Por Mateus Xavier

Trabalhadores resgatados no RS são contratados por rede de supermercados na BahiaCréditos da foto: divulgação/MPT

Os dez trabalhadores de Lauro de Freitas encontrados em situação semelhante à escravidão, em Bento Gonçalves (RS), receberam propostas de emprego da rede Carrefour. Segundo a prefeitura do município, após resgate e acolhimento, foi garantido aos homens, com idade entre 20 e 55 anos, a reinserção no mercado de trabalho com carteira assinada.


Em coletiva de imprensa, a prefeita Moema Gramacho deu detalhes. “Ao tomarmos conhecimento do fato, fizemos o recebimento dos dez trabalhadores pelo Núcleo Municipal de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes (NETP), com acolhimento e garantias de direito junto ao Estado. Além do acolhimento de saúde, odontológico e social, imediatamente buscamos a reinserção deles no mercado de trabalho, com a parceria da rede Carrefour e do Parque Shopping Bahia”, disse.
Os dez trabalhadores resgatados já começam a passar pelo processo de contratação das empresas a partir desta terça-feira (7/2). Os perfis dos trabalhadores foram passados para as duas empresas por meio de uma articulação da Secretaria Municipal do Trabalho, Esporte e Lazer (Setrel), e ambos empregadores vão absorver e designar os trabalhadores em funções correspondentes.
Por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania (Semdesc), foi disponibilizada ainda bolsa aluguel aos trabalhadores que necessitam de moradia.
RELEMBRE O CASO 
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou, no dia 22 de fevereiro, 207 trabalhadores em situação análoga à escravidão em Bento Gonçalves. Desses, 194 voltaram para a Bahia, estado de origem deles, sendo dez trabalhadores de Lauro de Freitas.

Eles foram atraídos pela promessa de salários superiores a R$3 mil na colheita da uva, além de acomodação e alimentação. Entretanto, as condições de trabalho eram sub-humanas, com jornadas exaustivas e sem descanso necessário.


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