Sobreviventes protestam após tragédia com a Cavalo Marinho I completar quatro anos; "a gente continua sem resposta"
Na ocasião, 19 pessoas morreram por afogamento, e, até hoje, nenhuma indenização foi paga pelos responsáveis.
Moradores da Ilha de Vera Cruz fizeram, na manhã desta terça-feira (24/8), uma manifestação pedindo resposta da Justiça e relembrando os quatro anos da tragédia ocorrida com a embarcação Cavalo Marinho, em 2017.
Na ocasião, 19 pessoas morreram por afogamento, e, até hoje, nenhuma indenização foi paga pelos responsáveis. Uma vigésima pessoa morreu após o desastre, em consequência de uma depressão.
O ato pacífico contou com dezenas de moradores, que carregavam faixas pedindo justiça.
Nesta terça (24/8), tragédia com a embarcação Cavalo Marinho I completa quatro anos. Moradores da Ilha de Itaparica se reuniram em protesto, pedindo por justiça. pic.twitter.com/rBu7KWUyDl
— Aratu On (de 🏠) (@aratuonline) August 24, 2021
Alberto Santos Junior, administrador, foi um dos sobreviventes da tragédia e estava na manifestação. Segundo ele, o descaso por parte das autoridades continua.
"A Agerba, a Marinha, o prefeito, o proprietário da lancha, até então, não procuraram dar uma indenização respeitosa a todos aqueles que faleceram, e aos sobriventes também", declarou, em entrevista à TV Aratu. "A Justiça não toma nenhum providência em relação a isso, porque é o povo. Os poderosos estão aí, fazendo as mesmas coisas, e a gente continua sem segurança e sem uma resposta devida das autoridades", desababou o morador.
Uma proposta chegou a ser oferecida pela defesa do dono da embarcação Cavalo Marinho I, no último dia 19 de maio. Ao Aratu On, foi informado que uma das sobreviventes recebeu a proposta de um valor que varia de R$ 1 mil a 4 mil.
Na ocasião, a defesa alegou que o dono da embarcação não tem condições financeiras para pagar valores altos. Além disso, a oferta seria cumprida de forma parcelada.
No ano passado, o Tribunal Marítimo responsabilizou e condenou, às penas máximas previstas na Lei 2.180/54, o engenheiro técnico responsável pela embarcação, Henrique José Caribé Ribeiro, a CL Empreendimentos e Lívio Garcia Galvão Júnior. A Corte Especializada concluiu que o naufrágio aconteceu por conta de problemas construtivos não observados e "consequente existência de dolo eventual dos responsabilizados".
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