Sobreviventes protestam após tragédia com a Cavalo Marinho I completar quatro anos; "a gente continua sem resposta"

Na ocasião, 19 pessoas morreram por afogamento, e, até hoje, nenhuma indenização foi paga pelos responsáveis.

Por Da Redação.

Sobreviventes protestam após tragédia com a Cavalo Marinho I completar quatro anos; "a gente continua sem resposta" Chico Lopes/TV Aratu

Moradores da Ilha de Vera Cruz fizeram, na manhã desta terça-feira (24/8), uma manifestação pedindo resposta da Justiça e relembrando os quatro anos da tragédia ocorrida com a embarcação Cavalo Marinho, em 2017.

Na ocasião, 19 pessoas morreram por afogamento, e, até hoje, nenhuma indenização foi paga pelos responsáveis. Uma vigésima pessoa morreu após o desastre, em consequência de uma depressão.

O ato pacífico contou com dezenas de moradores, que carregavam faixas pedindo justiça. 

Alberto Santos Junior, administrador, foi um dos sobreviventes da tragédia e estava na manifestação. Segundo ele, o descaso por parte das autoridades continua. 

"A Agerba, a Marinha, o prefeito, o proprietário da lancha, até então, não procuraram dar uma indenização respeitosa a todos aqueles que faleceram, e aos sobriventes também", declarou, em entrevista à TV Aratu. "A Justiça não toma nenhum providência em relação a isso, porque é o povo. Os poderosos estão aí, fazendo as mesmas coisas, e a gente continua sem segurança e sem uma resposta devida das autoridades", desababou o morador.

Uma proposta chegou a ser oferecida pela defesa do dono da embarcação Cavalo Marinho I, no último dia 19 de maio. Ao Aratu On, foi informado que uma das sobreviventes recebeu a proposta de um valor que varia de R$ 1 mil a 4 mil. 

Na ocasião, a defesa alegou que o dono da embarcação não tem condições financeiras para pagar valores altos. Além disso, a oferta seria cumprida de forma parcelada. 

No ano passado, o Tribunal Marítimo responsabilizou e condenou, às penas máximas previstas na Lei 2.180/54, o engenheiro técnico responsável pela embarcação, Henrique José Caribé Ribeiro, a CL Empreendimentos e Lívio Garcia Galvão Júnior. A Corte Especializada concluiu que o naufrágio aconteceu por conta de problemas construtivos não observados e "consequente existência de dolo eventual dos responsabilizados". 

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