Síndrome de 'Pica': conheça a mulher que come talco a cada 30 minutos; "atraída pelo cheiro"
Síndrome de 'Pica': conheça a mulher que come talco a cada 30 minutos; "atraída pelo cheiro"
Lisa Anderson, 44 anos. Britânica, ela poderia ter uma vida como a de qualquer outra pessoa, mas possui uma vontade anormal: a de comer talco a cada 30 minutos durante os últimos 15 anos. A história dela foi contada em uma reportagem do jornal Daily Mail e logo ganhou repercussão. De acordo com a publicação, a mulher já gastou mais de 8 mil libras (valor equivalente a mais de R$ 40 mil reais) só comprando a iguaria.
"Lembro-me de me sentir realmente atraída pelo cheiro. Agora não posso ficar sem isso. Eu subo e pego alguns a cada meia hora. Eu realmente não posso passar meia hora sem ele", disse a mulher. Ela revelou que o tempo máximo que já ficou sem comer o talco foi de 48 horas, o que ela classificou de "piores dias da vida". "Acho que isso é um pouco estranho, mas ele tem um sabor estranho", sustentou.
Segundo Anderson, tudo começou em 2004, no momento em que ela estava lavando as roupas de seus filhos. "Me lembro de um dia estar no banheiro e o cheio era irresistível", recordou. Outro detalhe nessa história é a marca: só serve talco Johnson.
SÍNDROME DE 'PICA'
Mas, afinal, qual a doença que a britânica pode ter? A resposta é Síndrome de Pica - que se pronuncia "Paica" -, também conhecida como alotriofagia. Considerada raríssima, se manifesta em pessoas que comem alimentos não convencionais, como terra e o próprio talco, no caso da britânica.
O próprio jornal Daily Mail diz que ela não é conhecida internacionalmente e que, provavelmente, deve prevalecer nos países em desenvolvimento. Lisa Anderson vai começar um tratamento ainda neste mês, já que o talco é uma composição química que pode, em longo prazo, causar câncer e dores.
"Passei anos sem saber o que estava acontecendo ou acontecendo. Mas acontece que é uma condição. E só quero que os outros saibam que não estão sozinhos", lamentou. "Apesar de fazer isso por anos e anos, sentei-me no início deste ano e pensei que isso simplesmente não podia ser normal".
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