Quase 70% das famílias brasileiras estão endividadas, revela estudo; saiba mais
O trabalho sugere ainda a atuação urgente e efetiva do poder público, na tentativa de realocar esses consumidores no mercado de consumo como forma de mitigar os efeitos do superendividamento.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) finalizou, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o estudo que aborda a situação e os efeitos negativos do superendividamento no Brasil nos últimos anos. Os resultados são alarmantes.
De acordo com os dados, cerca de 69,7% das famílias brasileiras estão endividadas e 43,2% dos consumidores declararam que não conseguirão pagar as dívidas em atraso.
O trabalho sugere ainda a atuação urgente e efetiva do poder público, na tentativa de realocar esses consumidores no mercado de consumo como forma de mitigar os efeitos do superendividamento, os quais ultrapassam a dimensão econômica e afetam diversos outros aspectos do desenvolvimento humano.
RECOMENDAÇÕES
Como conclusão do estudo, foram apresentadas doze recomendações. Entre elas, a regulamentação e aprimoramento de um programa de educação financeira em âmbito nacional, com projetos voltados aos jovens no ambiente escolar, à população em geral e a grupos vulneráveis; a definição de sistema para iniciação e centralização de acesso à via administrativa do processo de repactuação de dívidas; e a adoção de ferramentas que proporcionem parâmetros unificados para auxílio na caracterização do mínimo existencial.
Os resultados desse trabalho também foram apresentados em um workshop aberto ao público, onde profissionais da área debateram as informações e propostas de aperfeiçoamento sobre o tema, a fim de gerar subsídios para o fortalecimento de políticas afetas ao consumidor.
Na oportunidade, o representante residente adjunto do PNUD, Carlos Arboleda, destacou a importância do debate para reflexão das causas do superendividamento da população brasileira e seu impacto no desenvolvimento do país.
“Pensar na realocação do cidadão no mercado de consumo beneficia não somente o desenvolvimento do país, mas também o desenvolvimento humano – em dimensões que ultrapassam impactos econômicos”, disse Arboleda.
- Para acessar o estudo completo, clique aqui.
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