Quadrilha fraudava contas de pessoas necessitadas e recebia auxílio emergencial indevidamente na Bahia; PF faz operação
Os dados se referem a curtos períodos analisados, de no máximo 14 dias, entre maio a setembro de 2020, e de acordo com as autoridades, a fraude pode ser muito maior do que as que foram contestadas pelas vítimas.
divulgação/PFA Polícia Federal realizou uma ação nesta quinta-feira (25/11), denominada Operação Parcela Baiana, que tem como objetivo combater fraudes ao auxílio emergencial, benefício financeiro pago pelo Governo Federal à população de baixa renda, no período da pandemia da Covid-19.
Na manhã desta quinta-feira (25/11), policiais federais cumpriram as medidas judiciais em Salvador e em Coração de Maria, a 100 quilômetros da capital.
Foram realizados três mandados de busca, quatro mandados de afastamento de sigilo bancário e quatro mandados de sequestros de bens, que resultaram em um total de R$ 200 mil bloqueados por determinação judicial. As prisões temporárias não foram deferidas pela Justiça Federal.
A PF está apurando os fatos em três inquéritos distintos, instaurados com base em trabalhos de análise e inteligência realizados por equipe especializada da corporação, a partir de processos de contestação oriundos da Caixa Econômica Federal.
“No aplicativo Caixa Tem da Caixa Econômica Federal, aproximadamente 90 contas do auxílio emergencial foram fraudadas, sendo transferidos imediatamente os valores depositados para contas vinculadas aos fraudadores e também para pagamentos de boletos bancários emitidos pelos próprios suspeitos, resultando em um prejuízo superior a R$ 90 mil”, informou a PF, em nota.
Os dados se referem a curtos períodos analisados, de no máximo 14 dias, entre maio a setembro de 2020, e de acordo com as autoridades, a fraude pode ser muito maior do que as que foram contestadas pelas vítimas.
A Polícia Federal informou que somente com o prosseguimento das investigações será possível determinar o valor exato do desvio e possível participação de outras pessoas. Os fraudadores responderão pelos crimes de furto qualificado mediante fraude, com pena de dois a oito anos de reclusão.
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