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Produção nas industrias baianas teve uma das maiores quedas do país em abril, aponta IBGE

Setor fabril segue com produção muito aquém da verificada antes do início da pandemia, operando num patamar 34,1% abaixo de fevereiro de 2020.

Por Da Redação

Produção nas industrias baianas teve uma das maiores quedas do país em abril, aponta IBGE Agência Brasil

No mês de abril, a produção industrial da Bahia caiu cerca de 12,4% em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além de ser um dos maiores recuos do país, o estado apresenta queda pelo quinto mês seguido, desde dezembro de 2020.


A queda foi a mais profunda entre os 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) Regional, sendo bem mais intensa que a média registrada no país como um todo, de -1,3%. Ainda de acordo com o IBGE, o setor fabril da Bahia segue com produção muito aquém da verificada antes do início da pandemia da Covid-19, operando num patamar 34,1% abaixo de fevereiro de 2020.


Se comparado com abril de 2020, a produção industrial baiana deste mes em 2021 também registrou o maior recuo do país, de -10,0%. Esse é o terceiro mês consecutivo em que o estado teve a maior retração nacional nesse comparativo. A Bahia também tem os piores índices do Brasil no acumulado nos quatro primeiros meses de 2021 frente ao mesmo período do ano anterior (-16,3%) e nos 12 meses encerrados em abril (-9,8%). Em ambos os indicadores, o resultado está aquém do apresentado pela indústria nacional (10,5% e 1,1%, respectivamente).


INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO


O recuo na produção industrial da Bahia no mês de abril, em comparação com 2020, de -10,0%, se deu por conta da quarta queda seguida na indústria de transformação (-12,2%). Por outro lado, a indústria extrativa (27,4%) apresentou o seu segundo resultado positivo consecutivo.


A PIM-PF mostra que, apesar da queda geral no mês, houve retrações em apenas 4 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado, com destaques para a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-63,3%) e para a metalurgia (-25,6%). Foram esses segmentos que mais puxaram a produção industrial baiana como um todo para baixo.


Os aumentos foram nafabricação de outros produtos químicos (36,4%) e da fabricação de produtos de borracha e de material plástico (225,3%), que também apresentou a maior taxa positiva. Outras atividades com crescimentos significativos, mas com peso menor para o resultado da indústria baiana no mês foram a preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (164,6%) e a fabricação de bebidas (102,4%).


Depois de 14 retrações consecutivas, o segmento de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias apresentou, em abril, o seu primeiro resultado positivo (1,2%) desde janeiro de 2020, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O avanço se deu, porém, depois de o segmento ter tido uma intensa queda em abril de 2020 (-97,2%), em virtude da pandemia.


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