Procon não consegue notificar empresa espanhola responsável por queda de energia no Amapá
Procon não consegue notificar empresa espanhola responsável por queda de energia no Amapá
Desde a última segunda-feira (9/11), o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon), do Amapá, tenta notificar a empresa espanhola Isolux para que preste esclarecimentos sobre o apagão que deixou 13 das 16 cidades do estado sem energia, água e outros serviços. A informação foi publicada na agência de notícias do governo federal nesta quarta-feira (11/1).
A companhia faz parte de uma parceria público-privada e se tornou responsável pela Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE). O órgão amapaense solicitou ajuda ao Procon de São Paulo. “Pedi apoio até à Senacon [Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça] porque a Isolux não tem sequer um escritório aqui no estado”, disse o diretor-presidente do Procon do Amapá, Eliton Franco.
O instituto amapaense também pediu informações à direção da Eletronorte, empresa pública, e à Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). O diretor do Procon sinalizou que o diretor-presidente da CEA, Arnaldo Santos Filho, minimizou a responsabilidade da empresa espanhola. “Ele [Santos Filho] entende que, para poder entregar a energia aos consumidores, a CEA precisa recebê-la [da Isolux]. [...] É estranho que, em um momento destes, não consigamos encontrar um representante da empresa. Estamos desde a segunda-feira [9/11] tentando notificá-la”, disse Franco.
RELEMBRE
O apagão, que começou no último dia 3 de novembro, afetou cerca de 700 mil habitantes do estado, que tem quase 830 mil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A causa foi o incêndio em um transformador da subestação da capital, Macapá, que acabou por ocasionar o desligamento automático nas linhas de transmissão Laranjal/Macapá e das usinas hidrelétricas de Coaracy Nunes e Ferreira Gomes, que abastecem a região.
O transformador que pegou fogo pertence à LMTE e foi destruído. Como outros dois equipamentos também foram danificados, não houve possibilidade de reaproveitamento das peças para religamento da subestação. Até o momento, o serviço não foi normalizado.
Ele voltou a ser acionado para alguns moradores, por meio de um sistema de rodízio, mas eles dizem que a medida não foi eficaz e se queixam de que não chegam a ter luz em casa pelo tempo prometido. De acordo com a CEA, o fornecimento vem sendo feito de forma intercalada, em intervalos de seis horas, para que haja equilíbrio na distribuição de energia.
No sábado (7), a Justiça Federal do Amapá determinou que a Isolux restabelecesse o fornecimento de energia elétrica em todo o estado no prazo de três dias, sob pena de ser multada em R$ 15 milhões. A determinação não foi cumprida.
LEIA MAIS: Governo do Amapá afirma que energia está sendo restabelecida após 'apagão' de cinco dias
Acompanhe todas as notícias sobre o novo coronavírus.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo e conteúdos exclusivos no www.aratuon.com.br/aovivo. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.