Polícia faz perícia em fábrica que pegou fogo nesta quinta-feira
O Corpo de Bombeiros informou que a fábrica não possuía certificado de aprovação
Por Da Redação.
A Polícia Civil realizará, nesta quinta-feira (13), uma perícia na confecção de roupas Maximus, localizada em Ramos, na zona norte do Rio de Janeiro, que pegou na quarta (12). A 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso), responsável pela investigação das causas do incêndio, está avaliando a possibilidade de furto de energia elétrica por meio de ligações clandestinas no local.
A Light, concessionária de energia da região, informou que também fará uma perícia na rede elétrica do imóvel. A empresa mobilizou uma equipe para o local assim que foi notificada pelas autoridades.
Devido ao incêndio, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido em algumas ruas da região, a pedido dos bombeiros, para facilitar o combate às chamas.
![A Defesa Civil Municipal interditou totalmente a fábrica e o prédio anexo. | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil](https://adm.aratuon.com.br/assets/0c474259-7b11-4c15-8bbd-859fefbfcab8.webp?width=1280&format=webp&)
A Defesa Civil Municipal interditou totalmente a fábrica e o prédio anexo. | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O Corpo de Bombeiros informou que a fábrica não possuía o certificado de aprovação da corporação, documento que comprova o cumprimento da legislação estadual anti-incêndio. A Defesa Civil Municipal interditou totalmente a fábrica e o prédio anexo, após constatar danos à estrutura do edifício anexo, o que representa risco de desabamento.
O prédio vizinho (número 117 da Rua Roberto Silva), embora não apresente risco de colapso, teve a área de serviço do térreo isolada por precaução. Os técnicos também identificaram rachaduras nas paredes dos segundo e terceiro pavimentos, que foram atingidos pelo calor do incêndio.
Vítimas
De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos 21 pessoas foram resgatadas e receberam atendimento médico. Dez vítimas, com queimaduras nas vias aéreas, foram encaminhadas ao Hospital Getúlio Vargas, sendo que oito estão em estado grave, três homens e cinco mulheres. Duas mulheres estão em estado estável, segundo a direção do hospital.
Outras oito vítimas foram atendidas em unidades da rede municipal de saúde. Três delas permanecem internadas, sendo uma em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar. Quatro pessoas já receberam alta, e uma saiu à revelia do Hospital Municipal Salgado Filho.
No Hospital Federal de Bonsucesso, três vítimas foram atendidas, sendo que uma já teve alta e duas mulheres seguem internadas. Uma delas deve ter alta nesta quinta-feira (13), enquanto a outra continua em observação.
![De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos 21 pessoas foram resgatadas e receberam atendimento médico. | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil](https://adm.aratuon.com.br/assets/27b44aba-d93a-4960-ac93-669233e8bafa.webp?width=1280&format=webp&)
De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos 21 pessoas foram resgatadas e receberam atendimento médico. | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Impacto no Carnaval
A confecção Maximus produzia fantasias para várias escolas da Série Ouro, o grupo de acesso das escolas de samba do Rio de Janeiro. Algumas dessas escolas, como a Império Serrano, a Unidos da Ponte e a Unidos de Bangu, tiveram perdas significativas em suas fantasias.
Em decorrência do incêndio, a Liga-RJ, que coordena o carnaval da Série Ouro, decidiu que as três escolas mais afetadas não receberão notas no carnaval deste ano, o que significa que não poderão ser rebaixadas para a Série Prata.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou um aumento no repasse de recursos para as escolas de samba da Série Ouro, de R$ 10 milhões para R$ 16 milhões. "O Carnaval é parte da nossa identidade e vamos trabalhar juntos para minimizar os impactos dessa tragédia", afirmou Castro.