Operação Kryptos: crimes envolvendo criptomoedas são alvo de operação da Polícia Federal
Ao todo, cerca de 120 policiais federais cumprem sete mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal.
A Polícia Federal (PF) informou, nesta manhã (25/8), ter deflagrado a "Operação Kryptos", que mira suposto esquema criminoso envolvendo operações com criptomoedas.
Ao todo, cerca de 120 policiais federais cumprem sete mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Distrito Federal.
Um dos presos foi Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria Bitcoin. A força-tarefa encontrou o empresário em sua mansão no Itanhangá, na Zona Oeste do Rio. Policiais apreenderam na casa dele reais, dólares, euros em espécie e até barras de ouro.
Sem citar valores no comunicado, a PF informou que, de acordo com investigações policiais, nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes teria apresentado cifras bilionárias. Aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses, acrescentou a PF.
Ao detalhar sobre a ação, a PF informou que, de acordo com investigação policial, uma empresa com sede na Região dos Lagos (RJ) seria supostamente responsável por operacionalização de sistema de pirâmides financeiras.
Na prática, um esquema de pirâmide é um modelo comercial não sustentável, visto que depende de recrutamento progressivo de outras pessoas para o esquema, a níveis insustentáveis.
No caso da ação policial, está sendo investigado suposto uso do chamado "Esquema de Ponzi". Essa operação envolve promessa de pagamento de rendimentos anormalmente altos aos investidores à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente, em vez da receita gerada por negócio real.
Esses "Esquemas de Ponzi", usados por suposta organização alvo da ação da PF de hoje, eram calçados em efetiva oferta pública de contrato de investimento - mas sem prévio registro junto aos órgãos regulatórios, vinculados à especulação no mercado de criptomoedas, com a previsão de insustentável retorno financeiro sobre o valor investido, detalhou a PF, no comunicado.
Os mandados da operação da PF de hoje foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e se originaram de esforço conjunto entre PF, Ministério Público Federal (MPF) e Receita Federal (RF).
A PF informa que os investigados na ação de hoje poderão responder, na medida das suas responsabilidades, por crimes de: gestão fraudulenta/temerária de instituição financeira clandestina; emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. Se condenados, poderão cumprir pena de até 26 anos de reclusão, acrescentou PF, no comunicado.
Sobre nome da operação, a PF informou que vem do termo grego "Kryptos", usado designar o ”oculto” ou o ”escondido” e que, por sua vez, deu origem ao termo cripto, de acordo com PF.
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