Operação combate estelionato virtual e prende responsáveis por prejuízo estimado de R$ 3 milhões
Segundo a PC, a organização criminosa criava anúncios fraudulentos em plataformas online, nos quais falsos atendentes se passavam por funcionários de instituições financeiras
Uma operação da Polícia Civil do Paraná cumpriu 79 mandatos judiciais contra uma organização criminosa investigada por aplicar golpes de falsos empréstimos, na Bahia e outros três estados. Intitulada “Fallen Fox”, a operação busca desmantelar um esquema que causou prejuízos estimados em R$ 3 milhões em menos de um ano, atingindo vítimas em todo o país.
A ação policial envolve a execução de 43 mandados de prisão e 36 mandados de busca e apreensão, além de medidas patrimoniais de bloqueio de bens e valores em contas bancárias e aplicações financeiras. As diligências ocorrem na Bahia, no Paraná, Piauí e também no Mato Grosso do Sul.
Segundo a PC, a organização criminosa criava anúncios fraudulentos em plataformas online, nos quais falsos atendentes se passavam por funcionários de instituições financeiras. Um dos criminosos recebia R$ 60 mil por mês pela criação dos anúncios fraudulentos. As vítimas eram atraídas por promessas de empréstimos com taxas de juros significativamente mais baixas que as do mercado.
Os depósitos eram feitos em contas de operadores financeiros, responsáveis pela movimentação do dinheiro e repasse aos líderes da organização. A organização utilizava o DDD 11 para simular uma localização em São Paulo, para tentar aumentar a credibilidade dos golpes.
"Os golpistas agiam de forma meticulosa, criando uma falsa sensação de segurança nas vítimas. Utilizavam linguagem técnica bancária e ofereciam condições aparentemente vantajosas. Antes da suposta liberação do crédito, exigiam o pagamento de diversas taxas fictícias, como comprovação de renda, aumento de score de crédito, IOF e Imposto de Renda. Todo esse processo era feito de maneira tão convincente que muitas vítimas só percebiam o golpe após terem perdido quantias significativas", informou o delegado responsável pelo caso.
Os investigados na operação Fallen Fox responderão pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A ação é um desdobramento da Operação Downfall, realizada em 4 de maio de 2023 pela PCPR e pela Polícia Federal, com o objetivo de reprimir o tráfico internacional e interestadual de drogas. Durante as investigações daquela operação, a PCPR identificou o envolvimento de alguns membros da organização com golpes de falso empréstimo, o que motivou a deflagração da Operação Fallen Fox.
A escolha do nome "Fallen Fox" se baseia na astúcia e na habilidade dos criminosos em enganar suas vítimas, características frequentemente associadas à figura da raposa. Assim como uma raposa, a organização criminosa agia de maneira sorrateira e meticulosa, criando uma falsa sensação de segurança para suas vítimas antes de aplicar os golpes. A queda ("Fallen") simboliza o desmantelamento dessa rede, trazendo à tona a verdadeira natureza dos envolvidos. O nome, portanto, reflete tanto a natureza enganosa das ações dos criminosos quanto a eficácia da PCPR em expor e derrubar a organização.
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