O SANGUE DE CRISTO: Aprenda a tomar vinho e tire onda de patrão na Semana Santa

O SANGUE DE CRISTO: Aprenda a tomar vinho e tire onda de patrão na Semana Santa

Por Da Redação.

O SANGUE DE CRISTO: Aprenda a tomar vinho e tire onda de patrão na Semana SantaReprodução

Um dos principais símbolos da páscoa cristã, o vinho sempre esteve presente nas mesas de comemoração da Semana Santa. Sua origem exata é desconhecida, diversas culturas contam uma história diferente para explicar o seu surgimento. Para os enólogos, a bebida foi criada por um acaso – um punhado de uvas amassadas esquecidas num recipiente passou pelos efeitos da fermentação e depois de um tempo, a magia aconteceu. Dessa experiência, surgiu a bebida que atualmente faz muita gente pagar os pecados nos tradicionais “babas de saia”.

O vinho contribuiu para remontar vários períodos da humanidade. Os egípcios registraram o processo de vinificação e o uso da bebida em celebrações por meio de pinturas e documentos. Na Grécia, a bebida era considerada uma dádiva dos deuses e foi essencial para o desenvolvimento da civilização.

Na bíblia, a primeira menção da bebida é encontrada no início do livro de Gênesis, quando é dito que Noé plantou um vinhedo e com isso os cristão acreditam que ele possa ser o responsável por ter produzido o primeiro vinho da história. Posteriormente, no Novo Testamento, a bebida novamente é citada no evangelho de João que narra a transformação da água em vinho, o primeiro milagre realizado por Jesus.

São inúmeros os casos que evidenciam a importância histórica e religiosa do vinho para a humanidade. Em sua última ceia, Jesus Cristo ofereceu pão e a bebida aos seus discípulos, sendo o pão representando o seu corpo e o vinho seu sangue. Os dois representam a vida eterna.

Em época de festejos religiosos reunidos em um único fim de semana (Sexta-feira da Paixão, Sábado de Aleluia e Domingo de Páscoa), momento que se celebra morte, ressurreição de Cristo e marca o fim da quaresma ? ciclo em que o consumo de carne é evitado- o vinho surge como uma boa opção para dar um toque especial aos pratos da ceia que tradicionalmente levam peixes, frutos do mar e, no caso da Bahia, muito azeite de dendê.

Neste período do ano, a procura e o consumo de vinho aumenta devido à carga simbólica que a bebida representa para a data. Uma escolha errada pode estragar toda a refeição. Para evitar reclamações sobre a ceia da Semana Santa nos dias seguintes, o Aratu Online conversou com o sommelier internacional e importador Pedro Luz que deu dicas de como harmonizar o conteúdo do prato com o vinho ideal.

 – Uma das formas de harmonizar o cardápio com a cartela de vinhos é levar em consideração os pesos de ambos: um prato mais condimentado exige um vinho mais encorpado; um prato mais leve pede um acompanhamento de vinho mais suave.

– Outra combinação eficiente é feita por contrastes: quando se tem no prato algo muito gorduroso ou pesado, a sugestão é um vinho ácido que irá limpar a gordura e ajudar na digestão. Um vinho branco contrapondo com uma comida pesada.

Por regra geral, deve-se organizar corpos mais pesados e mais leves. Uma dica importante é harmonizar os conteúdos por cores: comidas mais brancas vão bem com vinhos mais brancos, comidas mais escuras – como as carnes – vão bem com vinhos tintos.

Além das regrinhas básicas de combinação, o sommelier alerta que é preciso levar em consideração também as diversas formas de preparo do prato principal. No caso da ceia da Semana Santa: o famoso bacalhau.

“Se pensarmos em uma entrada feita em forma de salada ou frito como um bolinho, ai vai bem um vinho branco mais jovem, frutado, mais ácido. Por exemplo: um vinho verde. Um prato mais condimentado, como o bacalhau com todos, um vinho tinto mais jovem já aguenta muito bem essa estrutura. Um bacalhau mais salgado, o ideal é usar um vinho tinto mais encorpado”, explica.

Para os fãs de frutos do mar, uma opção são os vinhos rosés ou espumantes que são mais frescos e podem ser servidos gelados, ajudando a refrescar e servindo como bom acompanhamento para pratos mais leves.

Em tempos de crise, a indicação do importador para economizar sem deixar de pagar de patrão durante as festas é apostar no regionalismo. “Garimpando bem é possível encontrar vinhos de qualidade produzidos no Brasil ou até em Portugal com um ótimo custo-benefício. Existe muito mais oferta no mercado atualmente”, ressalta.

Apesar dos toques para não passar vergonha durante a ceia, Pedro Luz afirma que o melhor sempre a se fazer é apostar naquilo que te satisfaz. “Temos que pensar algumas regras para não falhar muito, mas basicamente aquilo que harmoniza é aquilo que a gente gosta. Não adianta fazer muitas loucuras porque se uma pessoa não gosta de vinho branco, não adianta tomar só porque combina bem com pescados. Não será uma experiência legal!”.

Seguindo todas essas dicas ficou bem mais fácil aproveitar um bom vinho nesse feriado santo, mas lembrem-se da dica mais importante: beba com moderação e se beber, não dirija!.

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*Publicada originalmente às 8h

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