Município baiano foi um dos mais quentes no país em 2023, segundo Cemaden
Os dados se referem à média das temperaturas máximas diárias e os municípios foram ranqueados pelas maiores anomalias de temperaturas
O Brasil está mais quente e a situação é, claramente, perceptível! Em todos os cantos do país o aumento da temperatura foi registrado de forma sensível em 2023. Segundo levantamento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), obtido com exclusividade pelo O Globo, nenhum estado ferveu tanto quanto Minas Gerais, e o Vale do Jequitinhonha foi a área do país que mais esquentou,
Nesta panela de pressão, estão algumas terras baianas. O município de Urandi, localizado no sudoeste do estado, foi também um dos mais afetados pela onda de calor. Os pouco mais de 15 mil habitantes (segundo último censo do IBGE) conviveram, no ano passado, com um significativo aumento de temperatura na região.
Para identificar os lugares do Brasil que mais esquentaram, aqueles que tiveram as maiores anomalias de temperatura positiva, a cientista Ana Paula Cunha e sua equipe do Cemaden analisaram dados de estações meteorológicas oficiais e de satélite de todos os 5.570 municípios brasileiros nos 12 meses de 2023. E compararam cada mês com a climatologia para o respectivo período.
Os dados se referem à média das temperaturas máximas diárias e os municípios foram ranqueados pelas maiores anomalias de temperaturas. No geral, novembro e dezembro foram os meses mais quentes. A análise combinada foi necessária porque menos da metade dos municípios brasileiros têm estações meteorológicas.
O município de Urandi, segundo o levantamento publicado pelo O Globo, aparece como o 13º colocado entre 45 municípios que tiveram anomalias iguais ou superiores a 5°C. Na lista, todos as cidades estão em Minas Gerais e Bahia. Trinta e oito são mineiros, 28 no Vale do Jequitinhonha, 10 em áreas vizinhas, apenas Confins de fora. Todos os sete baianos são contíguos ao vale.
Ainda de acordo com a publicação de O Globo. o calor extremo do Jequitinhonha não surpreendeu os pesquisadores. Trabalho anterior da própria Cunha e outros cientistas do Cemaden já havia indicado essa como uma das áreas que mais esquentaram nos últimos 60 anos no país.
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