Homem branco paga R$ 10 para chicotear homem negro com cinto; vídeo

Agressor diz que o problema foi o vídeo ter viralizado no dia de Zumbi de Palmares

Por Da Redação.

Homem branco paga R$ 10 para chicotear homem negro com cinto; vídeoReprodução/X

Um homem negro foi chicoteado nas costas por um homem branco que ofereceu pagar R$ 10 para agredi-lo. O episódio ocorreu no último dia 10, na cidade de Itaúna, Minas Gerais, e ganhou repercussão após o vídeo da agressão viralizar nas redes sociais nesta quinta-feira (21).

Nas imagens que estão circulando, o agressor, Ralf Vilaça, de 44 anos, aparece mencionando temas fora de contexto, como "a eleição dos Estados Unidos", "Lula e Bolsonaro", enquanto o homem agredido, identificado como Djalma Rosa da Costa, de 45 anos, espera sem camisa.

Em determinado momento, Ralf tira o cinto e anuncia: “Vamos fazer diferente, ele quer usar droga, não quer trabalhar não?”, questiona. "Dez reais e ele vai deixar eu dar duas lapadas e o patrocínio é o Bar do Sandoval", comenta, em referência ao bar próximo. Ele ainda declara que o dinheiro seria para Djalma comprar drogas. Em seguida, o homem desferiu três golpes de cinto nas costas de Djalma, enquanto a pessoa que filma ri e confirma que está gravando.

Em entrevista à TV Globo, Ralf Vilaça alegou que o vídeo foi feito com o consentimento de Djalma e que tudo "não passou de uma brincadeira". Segundo ele, ambos são usuários de drogas e haviam consumido entorpecentes naquele dia.

"Eu tava numa resenha. Foi uma brincadeira. O problema foi o vídeo ter viralizado no dia de Zumbi de Palmares. Agora tá essa burocracia toda. Foi uma resenha. Eu vou provar que não passou de uma resenha. Peço desculpas a todos os brasileiros, paraminenses e itaunenses também", afirmou.

Inicialmente, a Polícia Militar identificou a vítima, Djalma, como uma pessoa em situação de rua e dependente de drogas, conforme relatado pelo agressor. No entanto, a Prefeitura de Itaúna esclareceu que Djalma não é morador de rua, tem residência, familiares e faz acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps).

Veja vídeo: 

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