Greve dos Correios pode acabar na próxima segunda-feira; estatal alega prejuízo de R$ 2,4 bilhões

Os Correios anunciaram nesta terça-feira (15/9) que aguardam decisão judicial sobre a greve dos trabalhadores para normalizar as atividades operacionais. O julgamento da ação de dissídio coletivo está marcado para a próxima segunda-feira (21/9) e poderá decidir pelo fim da paralisação, mesmo que as exigências dos profissionais ainda não tenham sido atendidas.

Segundo nota divulgada pelos Correios à Agência Brasil, as negociações estavam sendo feitas desde julho, e visavam preservar a saúde financeira da estatal, com cortes de privilégios e “adequação à realidade do país”.  

Uma das reinvindicações dos trabalhadores é o reajuste salarial. A empresa alega que há um prejuízo acumulado de R$ 2,4 bilhões e esperava economizar cerca de R$ 800 milhões ao ano. Segundo a estatal, esse valor, em três anos, cobriria o déficit financeiro atual.

Os representantes dos Correios deram a entender que, caso os funcionários estivessem trabalhando nesse momento de pandemia, a explosão das vendas online seria uma forma de “alavancar o negócio em um dos poucos setores com capacidade para crescer neste período", visto que a estatal é o maior serviço de entrega do Brasil

Por outro lado, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect) diz que a greve é um protesto contra o sucateamento, a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas.

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