‘DIFERENTÃO’: Conheça o Bitcoin, moeda digital que vale mais de R$ 34 mil a unidade
‘DIFERENTÃO’: Conheça o Bitcoin, moeda digital que vale mais de R$ 34 mil a unidade
Você já ouviu falar em Bitcoin?
O nome pode causar estranhamento e parecer uma novidade, mas trata-se de uma moeda digital que existe desde 2008 e cuja unidade, atualmente, vale mais que R$ 34 mil. Já bastante utilizada no mundo, a explicação para o bitcoin não é tão fácil, à primeira vista, pois fala de conceitos como “criptografia” e “mineração em computador”.
Mas, a grosso modo e para fácil entendimento, é uma “forma de dinheiro digital, assim como o real, dólar ou euro, com a diferença de ser puramente digital e não emitido por nenhum governo”. Esta explicação foi dada pelo mestre em economia Fernando Ulrich à revista InfoMoney.
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No Brasil, mesmo ainda não sendo de conhecimento geral, o crescimento da moeda fez com que o administrador Diego Lemos, 33 anos, investisse, desde agosto deste ano. “Além de estar em ascensão é como se você estivesse ‘comprando ações’: efetua a compra e espera valorizar”, explicou. “Considerando quem investiu há dois ou três anos, houve uma valorização de mais de 2.000%. A pessoa, então, deve estar ‘bem de vida'”, brincou ele.
O que Diego faz, no entanto, não é investir na criptomoeda (como também é chamado o bitcoin), em si, mas em um clube que faz as negociações e “repassa” parte do lucro para seus integrantes. “Recebo, diariamente, entre 5 e 12 dólares (o equivalente a 15 e 36 reais, aproximadamente) e uso essa quantia no meu dia a dia”. Ele explicou, ainda, que é mais fácil negociar com o valor convertido em dólar, já que o dinheiro digital tem oito divisões após a vírgula.
“Quem investe em Bitcoin ‘puro’ tem o intuito de fazer uma alavancagem financeira. É investir mil dólares hoje, por exemplo, e ter – pela evolução do mesmo – uns $ 6 mil daqui a três anos”, disse Diego.
RISCOS
Para o economista Ivan Gargur, apesar de o novo negócio parecer uma boa alternativa ao sistema financeiro tradicional, “tudo novo envolve um certo risco”. “Posso estar enganado, mas acredito que vá chegar o momento em que o próprio governo vai querer regulamentar isso”, falou ao Aratu Online.
O Banco Central (BC), entretanto, nega esse tipo de ação. No último dia 16 deste mês, a autarquia emitiu um comunicado alertando sobre os riscos de se investir na criptomoeda, mas reiterou que segue a tendência de outros bancos centrais, de não regular ou restringir o uso dessas moedas virtuais.
O principal receio é que as mesmas “não são emitidas nem garantidas por qualquer autoridade monetária, por isso não têm garantia de conversão para moedas soberanas, e tampouco são lastreadas em ativo real de qualquer espécie, ficando todo o risco com os detentores”.
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Uma outra perspectiva, declarada no último dia 14 pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, é que o bitcoin tem papel duplo: “acobertar dinheiro ilícito” e “gente que compra para valorizar”.
O próprio Diego Lemos, do início desta matéria, reconhece os riscos, mas cita algumas vantagens. “A moeda não pode ser ‘quebrada’ ou ‘apagada’, a não ser que a Internet seja cortada no mundo todo. Além disso, vem sendo bem utilizada mundo afora. No Japão, por exemplo, as pessoas compram de um simples lanche a um carro”.
Para Ivan Gargur, a principal dica para quem quer investir nesse dinheiro é procurar um profissional da área, ainda que os que trabalhem com o sistema financeiro tradicional tendam a criticar. “Isso os preocupa porque pode implicar na perda de espaço, já que a nova repaginação mexe com as transições financeiras”, afirmou.
“Independente de ser bitcoin ou outra ferramenta, qualquer tipo de ação na Internet é perigosa, pois existem hackers que podem invadir sistemas”, alertou o economista.
PARA FICAR POR DENTRO
A maior operadora da referida criptomoeda no Brasil é o Mercado Bitcoin, uma casa de câmbio digital. Por lá, é possível adquirir cotas a partir de R$ 50, além de diversos arquivos com dicas e explicações mais detalhadas, para os interessados no novo negócio.
ONDE O BITCOIN É ACEITO?
Alguns serviços e locais já aceitam o bitcoim como forma de pagamento. Para facilitar a busca, a Rexbit, empresa especializada na educação da moeda digital no Brasil, mapeou tais empreendimentos. Nele, é só procurar pela cidade para obter informações sobre os pontos registradas.
Confira abaixo:
Em Salvador, o único local que aparece no mapa é a pousada Morada Simão Mota, na Rua Vila Santos de Baixo, 86, Engenho Velho de Brotas [contato: (71) 3019-0328]. Contudo, a ferramenta ainda é considerada nova e a atualização da mesma depende da interatividade.
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*Publicada originalmente às 6h (28/11)