Caso Maria Selma: delegada diz que está sendo vítima de calúnia e vingança praticada por colega; "vou processar"
Caso Maria Selma: delegada diz que está sendo vítima de calúnia e vingança praticada por colega; "vou processar"
A delegada Maria Selma se pronunciou, nesta quarta-feira (9/9), sobre a suspeita de cometer atos ilícitos. Em seu perfil no Instagram, ela diz que está sendo vítima de uma calúnia criada por uma outra delegada. A ex-chefe do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio não cita o nome da colega, mas trata-se de Carla Ramos - que assina o documento que circula na internet mostrando supostas irregularidades praticadas por Selma -, por vingança.
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"Estou aqui em respeito a vocês, meus 12 mil seguidores, para dizer que essas calúnias foram inventadas por essa delegada, que foi presa recentemente por tortura [está se vingando], e por esses quatro investigadores que eu tirei da delegacia de veículos [Delegacia de Repressão a Furto e Roubo de Veículos - DRFRV], porque estão respondendo, tanto na Corregedoria, quanto na Justiça, por extorsão. Então, gente, eu vou processar todos, e quero dizer que confio na Justiça, porque vai chegar a verdade real", diz Maria Selma, no vídeo.
CONFIRA
INVESTIGAÇÃO
Na terça-feira (8/9), o Ministério Público estadual (MP-BA) informou que a representação relativa à delegada Maria Selma Selma Pereira Lima já está sendo investigada pelo Grupo de Apoio Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público estadual (Gaeco).
Por meio de nota à imprensa, o MP-BA detalhou que a investigação está na fase de análise da documentação apresentada pela representante e das diligências iniciais para verificar a procedência das informações. Após essa investigação preliminar, todos os envolvidos serão chamados para depor.
O procedimento corre sob sigilo, não sendo possível o fornecimento de outras informações neste momento, de modo a não atrapalhar a investigação e assegurar o êxito na adoção das medidas que se façam necessárias.
EXONERAÇÃO
Maria Selma, que dirigia o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) e uma das agentes da Polícia Civil, foi exonerada da última sexta-feira (4/9). Tanto o nome dela quanto de outros 12 delegados constam na lista publicada no Diario Oficial.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, ela avisou que não pretende sair da vida policial para outra carreira. "Eu continuo sendo delegada e vou voltar. Então, se eu não conseguir a minha aposentadoria, eu vou voltar, porque eu gosto muito do que eu faço".
A ex-diretora comentou, entretanto, que já havia saído do cargo há cerca de dois meses. "Que repercussão que deu esse caso, porque fui exonerada da diretoria. Mas não é isso, gente, eu já estou de licença premium desde julho, então só agora que eu fui exonerada. Ninguém pode permanecer em um cargo que não esteja desempenhando suas funções", explicou.
A delegada ficará afastada, inicialmente, até o mês de janeiro de 2021. "Eu, depois que contrai o coronavírus, em junho, me recuperei e voltei a trabalhar por poucos dias e logo pedi a minha licença premium. Eu tenho seis meses de licença premium juntando com férias", comentou. "Estou descansando pq eu trabalhei muito e essa última missão de diretora da SSP exigiu muito de mim, mas eu fiz um bom trabalho, tenho certeza isso", argumentou.
Agora, o cargo de delegado titular da DCCP fica a cargo de Marcelo Simões Tannus.
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