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Caso Hyara Flor: Polícia Civil analisa laudos de perícias complementares

A adolescente morreu após ser baleada no pesoço, no município de Guaratinga, em julho de 2023

Por Juana Castro

Caso Hyara Flor: Polícia Civil analisa laudos de perícias complementares

Após contestação da família, a Polícia Civil da Bahia analisa laudos de perícias complementares sobre o inquérito policial que investigou a morte da cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos. A adolescente morreu após ser baleada no pesoço, no município de Guaratinga, em julho de 2023.


O principal suspeito do crime, inicialmente, era o marido de Hyara, também de 14 anos. Ele chegou a ser apreendido no Espírito Santo, mas foi solto após o inquérito concluir que o tiro foi acidental, disparado pelo irmão dele, uma criança de 9 anos.


Depois desse resultado, a família da vítima contestou a versão, alegando que a morte de Hyara ocorreu por vingança, pois o tio da jovem teria um caso com a sogra dela.


Mais detalhes do caso não serão divulgados, segundo a polícia, para não interferir nas investigações.

EM TEMPO


Em dezembro, o a Polícia Civil baiana se manifestou após o Aratu On ter acesso com exclusividade ao laudo genético que apontou a inexistência do DNA de Jesus Davi, cunhado de Hyara Flor, apontado como autor do disparo, na arma do crime que matou a cigana. Por meio de nota enviada à redação do portal, a assessoria do órgão detalhou que outros resultados forenses continuam pendentes e o Ministério Público da Bahia seguirá com a nova análise.


Ainda segundo a nota da Polícia Civil, o laudo feito pela família de Hyara é assinado por um assistente técnico de apenas uma das partes e foi realizado no âmbito da ação penal, cujo titular é o Ministério Público. Por conta disto, não caberia à Polícia Civil, neste momento, se posicionar quanto às investigações lideradas por outro órgão.


Fontes ligadas ao processo o confirmaram ao Aratu On que outro laudo pericial genético está para sair. Neste, foram analisadas as amostras de sangue e saliva dos principais envolvidos, a vítima, Hyara Flor, e de Amadeus Alves (marido da vítima). Existe, ainda, outra pessoa, que não teve o nome revelado.


“Faltam, portanto, ser juntados aos autos os resultados da coleta de material biológico destas três pessoas. Após a conclusão de todos os laudos, o MP fará nova análise”, finalizou, em nota, a corporação.


Confira abaixo a nota da polícia civil na íntegra.


“O laudo em questão, assinado por um assistente técnico de uma das partes, foi realizado no âmbito da ação penal, cujo titular é o Ministério Público. Ainda não há os resultados da comparação do DNA coletado com os de três pessoas envolvidas no caso. Faltam, portanto, ser juntados aos autos os resultados da coleta de material biológico destas três pessoas. Após a conclusão de todos os laudos, o MP fará nova análise.”


LAUTO EMITIDO X INVESTIGAÇÃO


Aratu On teve acesso com exclusividade ao documento, que mostra uma análise feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). A análise comparou o DNA encontrado no cabo e no corpo do armamento com o material genético de quatro pessoas: o pai do marido de Hyara, Wberlon Silva, a sogra da cigana, Fernanda Cardoso e os cunhados dela, os gêmeos Jesus Davi e Jesus Mateus. Após análise, o material encontrado na arma não foi apontado como compatível com nenhuma das quatro pessoas citadas.


Ou seja, Jesus Davi, apontado pela Polícia Civil, em agosto, como autor dos disparos, não teria entrado em contato com o armamento. Apesar disso, a análise genética indicou que o material encontrado na arma deve pertencer a um parente de Jesus Davi, com a mesma linhagem paterna. O processo foi realizado por Eduardo Llanos, perito particular, contratado pela família da cigana. Para os parentes de Hyara, esse pode ser um indício de envolvimento no crime do marido de Hyara Flor, identificado como Amadeus Alves.


No início das investigações policiais, ele era apontado como um dos principais suspeitos. Mas, segundo a investigação, devido à presença de álibis, ele foi descartado como possível assassino.


ALTURA DO ASSASSINO


O primeiro laudo da Polícia Civil sobre a morte de Hyara apontou que o tiro foi efetuado de baixo para cima, indicando que alguém menor que a jovem deveria ter feito o disparo. Porém, o novo documento confronta esta versão, por meio de um elemento de perícia chamado de “zona de tatuagem”. Esse termo se refere às marcas que ficam na pele quando um disparo de arma de fogo é deflagrado contra alguém a curta distância, ou “à queima-roupa”.


LEIA MAIS: Polícia se manifesta após laudo indicar que DNA de cunhado não aparece em arma que matou Hyara Flor


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