Caso Cátia Raulino: Justiça concede liberdade provisória à falsa advogada
Ela, que dava aulas e coordenava o curso de Direito em uma faculdade da capital baiana, é investigada pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica.
A Justiça concedeu, nesta sexta-feira (14/5), liberdade provisória para a Cátia Regina Raulino, presa em março deste ano, em Santa Catarina, e transferida para Salvador em abril. Ela, que dava aulas e coordenava o curso de Direito em uma faculdade da capital baiana, é investigada pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica.
Cátia também responde por plágio de artigos e trabalhos acadêmicos de alunos, que a denunciaram. Cátia foi presa em março deste ano, em Santa Catarina, e no mês de abril ela foi transferida para o presídio de Salvador. A defesa de Cátia confirmou a decisão judicial desta sexta.
Ao Aratu On, o advogado de Cátia, Fabiano Pimentel, afirmou que ela ainda está em procedimento de soltura, apesar da determinação judicial. Ele informou, ainda, que por não possuir parentes em Salvador, irá para a casa dos pais, em Santa Catarina.
A mulher deve comparecer em cartório no dia útil seguinte ao da publicação da decisão, ou seja, na segunda-feira (17), sob pena de novo decreto de prisão preventiva. Ela também deve informar e justificar suas atividades perante à Justiça até o 10º dia de cada mês, bem como comparecer a todos os atos processuais para os quais for intimada.
Cátia precisa, ainda, comunicar qualquer mudança de endereço e não se ausentar da Comarca por mais de oito dias, sem prévia autorização do Juízo.
RELEMBRE O CASO
Cátia Raulino foi presa no dia 24 de março de 2021, no estado de Santa Catarina, após cumprimento de mandado de prisão expedido pela Polícia Civil da Bahia. O inquérito instaurado pela 9ª DT/Boca do Rio foi concluído e encaminhado para a Justiça, em outubro de 2020, com indiciamento da suspeita.
“No cumprimento do mandado de busca e apreensão, descobrimos que ela havia fugido para outro estado. Nas investigações entramos em contato com a Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública de Santa Catarina, onde ela foi localizada e o mandado de prisão, cumprido”, informou o titular da 9ª DT, Antônio Carlos Magalhães Santos.
Ela passou a ser investigada em agosto de 2020, após alunas do curso de Direito da Faculdade Ruy Barbosa, no qual ela era professora, a terem denunciado por plágio. Cátia tinha 180 mil seguidores nas redes sociais e vendia cursos na área tributária.
Ela ostentava um currículo com extensas qualificações, como Pós-Doutorado em Direito Público na Universidade Federal de Pernambuco, Doutorado em Administração Pública na Universidade Federal da Bahia, Mestrado em Direito Público na Universidade Federal de Santa Catarina, Especialista em Gerenciamento de Projetos (PMI), Especialista em Direito Eletrônico, Bacharel em Direito, Bacharel em Administração Pública.
Nenhuma das universidades citadas por ela a reconhecem como estudante. A mulher chegou a apresentar documentos na 9ª DT, porém nenhum continha comprovação das graduações e títulos que afirmava ter.
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