Bolsonaro revela que decisão do STF sobre nomeação de Ramagem quase causou crise; "eu não engoli"
Bolsonaro revela que decisão do STF sobre nomeação de Ramagem quase causou crise; "eu não engoli"
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou, novamente, nesta quinta-feira (30/4), sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a nomeação do delegado Alexandre Ramagem como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF). O chefe de estado disse que o posicionamento quase causou uma crise institucional no governo.
Ele alegou que o STF não respeitou a Constituição ao desautorizá-lo "com uma canetada". "Ontem quase tivemos uma crise institucional, quase, faltou pouco. Eu apelo a todos que respeitem a Constituição”, disse, segundo a Agência Brasil.
“Eu não engoli ainda essa decisão do senhor Alexandre de Moraes, não engoli. Não é essa forma de tratar o chefe do Executivo”, reclamou. “O senhor vai retirar o Ramagem da Abin, que é tão importante quanto o diretor-geral da PF? Se não pode ter a confiança para trabalhar na PF também não pode trabalhar na Abin. É questão de coerência”, alegou.
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Ramagem é próximo da família do presidente e atuou em sua segurança pessoal, após a vitória no segundo turno das eleições, mas Bolsonaro não acredita que isso represente favorecimento e ressaltou que a prática de "indicar amigos" é comum. “A amizade não está prevista como cláusula impeditiva para alguém tomar posse [...] E por que eu não posso prestigiar uma pessoa que eu conheci com essa profundidade? É a relação de confiança”, argumentou.
O ministro Alexandre de Moraes decidiu suspender o decreto de nomeação e a posse do delegado Alexandre Ramagem como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF) após declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Antes de deixar o cargo, Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF, pedindo documentos sigilosos.
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