Bolsa Família: Paulo Guedes defende aumento e estipula valor, mas diz que reajuste será "modesto e moderado"
Para o governista, um reajuste muito grande poderia “ser lido como populismo”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta quarta-feira (15/9) um aumento “necessário” no programa Bolsa Família, de assistência às pessoas de baixa renda. Para ele, o reajuste deve ser “modesto e moderado”, na faixa dos R$ 300, e não acima de R$ 600 ou R$ 700, “como querem fazer”.
Para o governista, um reajuste muito grande poderia “ser lido como populismo” e acrescentou que “ímpetos eleitorais” que interferiram no orçamento no passado acabaram mal. “Não queremos que isso se repita”, afirmou.
O ministro defendeu o teto de gastos, mas disse também que “devemos à população brasileira” um programa social “um pouco mais robusto”. As declarações foram dadas durante um seminário online promovido pelo Movimento Pessoas à Frente, grupo que defende a melhoria na gestão de pessoas do poder público e reúne pesquisadores, acadêmicos, executivos e profissionais da iniciativa privada.
ORÇAMENTO
Atualmente, o valor máximo do Bolsa Família encontra-se em torno de R$ 190. Para o aumento, o governo estuda parcelar no pagamento, previsto no orçamento do ano que vem, de R$ 89,1 bilhões em precatórios – dívidas do poder público decorrentes de sentenças judiciais inapeláveis.
Guedes pediu “compreensão” e “socorro” a integrantes do Legislativo e Judiciário para encontrar uma solução para os precatórios, o que destravaria o reajuste no Bolsa Família. Durante sua fala, o ministro também tocou em outros assuntos e voltou a defender o “desinvestimento” estatal em setores nos quais a iniciativa privada tem melhor desempenho, a fusão de ministérios e a reforma administrativa ora em tramitação no Congresso.
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