Bahia registra 5 casos de estupro em duas semanas; dois foram coletivos e há vítimas adolescentes
Um dos suspeitos é um padre que foi afastado das atividades, em Juazeiro
Casos de estupro têm chamado a atenção da população baiana nos últimos dias. Três, inclusive, foram coletivos, sendo dois registrados no Carnaval deste ano, nos dias 8 e 11 de fevereiro, em Salvador, incluindo um cometido por sete pessoas.
O terceiro caso de estupro coletivo, embora ocorrido em outubro do ano passado, na cidade de Feira de Santana, veio a público nesta semana, com informações divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Três adolescentes com idades entre 12 e 13 anos teriam abusado de um menino de 11, com suspeita de transtorno mental. Por se tratar de um crime contra a dignidade sexual, e que tramita em segredo de justiça, não serão divulgados mais detalhes para a imprensa.
Nesta semana, em menos de 48 horas, outros dois casos de abuso sexual foram registrados no estado. Na segunda-feira (19), um idoso de 70 anos foi preso em flagrante por estupro de vulnerável na cidade de Medeiros Neto, no extremo sul da Bahia. A Polícia Militar - que havia sido acionada pelo Conselho Tutelar - o encontrou dentro de um quarto da própria casa em que morava, com uma adolescente de 13 anos. Ele confessou o crime e foi encaminhado para a delegacia da cidade. Depois, foi levado para a unidade de Teixeira de Freitas, a 60 km de distância.
Já nessa terça-feira (20), um padre acusado de estupro de vulnerável - de um adolescente de 14 anos, no espectro autista - foi preso pela Polícia Civil no município de Juazeiro, no norte da Bahia. A prisão aconteceu quando o suspeito foi ao Complexo Policial da cidade para passar por um atendimento.
As investigações começaram no dia 4 de fevereiro, após um familiar da vítima registrar um boletim de ocorrência. Depois de colher depoimentos e realizar exames periciais, foi solicitada ao Poder Judiciário a prisão do suspeito, que foi decretada logo em seguida.
A vítima, segundo nota da Polícia Civil, irá receber acompanhamento psicossocial. O autor do crime foi submetido a exames periciais e encaminhado para uma unidade do sistema prisional, onde ficará preso à disposição da Justiça. Hoje, quarta-feira (21), saiu a notícia de que a Diocese de Juazeiro afastou o padre das atividades.
EM TEMPO
Também na terça, uma ação entre policiais civis do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Delegacia de Potim, em São Paulo, prenderam, em Salvador, um homem acusado de abusar sexualmente de sua afilhada, por 10 anos, naquele município paulista. O foragido tinha um mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Aparecida (SP), por estupro de vulnerável, e fugiu do estado. Os investigadores localizaram o suspeito no bairro da Boa Viagem, em Salvador, e efetuaram a prisão.
O homem foi encaminhado para exame de lesões corporais no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e segue à disposição da Justiça.
DENUNCIE
Dados do Ministério da Saúde e Sistema de Informação de Agravos de Notificação indicam que, a cada hora, mais de duas crianças sofrem algum tipo de violação no Brasil. Muitos casos, porém, ainda não são denunciados.
A denúncia é importante para interromper a violência, proteger as crianças e os adolescentes e garantir assistência médica e psicológica. O registro deve ser feito aos órgãos oficiais, mantendo o sigilo ao denunciante para resguardar a criança e o adolescente para que seja apurado e feito o encaminhamento necessário.
SAIBA ONDE E COMO DENUNCIAR:
Disque 100 - O Disque Direitos Humanos (Disque 100) é um serviço de disseminação de informações sobre direitos de grupos vulneráveis e de denúncias de violações de direitos humanos. O serviço funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel, bastando discar 100.
Disque 180 - Serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher.
Delegacias - Unidade policial fixa para atendimento ao público. Algumas regiões possuem delegacias especializadas como a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
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*Com informações da Fundação Abrinq. Saiba mais aqui.
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