Rui Costa defende fechamento do Colégio Odorico Tavares: "integração não é a localização da escola"

O governador Rui Costa (PT) esteve na manhã desta segunda-feira (27/1) no programa QVP, com Casemiro Neto, e falou, entre outros assuntos, sobre a polêmica envolvendo o Colégio Estadual Odorico Tavares, localizado no Corredor da Vitória, em Salvador. 

Recentemente, a notícia de fechamento da unidade escolar gerou revolta em alunos, ex-alunos e funcionários, que realizaram diversos protestos contra a ação. Rui, no entanto, defendeu o encerramento das atividades escolares no local.

"Eu sei que essa coisa do Odorico gerou muita polêmica, mas toda vez que tem polêmica, eu tomo decisão conforme a minha origem social, conforme a minha cabeça e os ensinamentos de minha mãe [...] Por alguma razão, esse colégio perdeu completamente o interesse das mães de matricular seus filhos. Um colégio vizinho a esse continua tendo uma procura alta, um desejo alto que é o Manoel Novaes, no Canela, o Rafael Serravela, da Pituba, que também é uma área nobre, e 'tá' lotado de alunos", explicou o governador.

O petista ainda reafirmou que o propósito do governo estadual é investir o dinheiro da venda do imóvel em nove novas escolas, em bairros populares da capital baiana. De acordo com ele, as novas unidades terão auditórios, refeitórios, quadra coberta, campo com grama sintética e salas de aula com melhor estrutura. 

"Eu entendo que um equipamento desse, numa comunidade, ele serve muito mais e muito além do aspecto educacional. Uma escola dessa é um teatro que o jovem vai usar o ano inteiro [...] é um equipamento de convivência social", defendeu. Rui ainda disse que a contrução de novas escolas pode reduzir a violência, uma vez que irá oferecer atividades fora do horário de aulas. 

Sobre as acusações de que estaria vendendo o terreno para a especulação imobiliária, Rui discorou. "Eu faço outra leitura, eu pergunto a você qual é o colégio que tem na periferia de Salvador que tem toda a infraestrutura completa, inclusive com piscina. Qual é? Então, porque só pode ter no bairro de rico? Não. Eu vou construir nove escolas nos bairros onde o povo mora", rebateu. 

"Integração é ter todo mundo dentro da mesma escola, e não necessariamente a localização da escola", citou, explicando ainda que, no interior do estado, o rendimento dos estudantes é maior, porque jovens de classes sociais diferentes estudam no mesmo local. 

Assista a live completa do programa QVP: 

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