TRISTES NÚMEROS: Uma a cada 3 mulheres foi espancada, xingada, chutada, esfaqueada e esmurrada em 2016
TRISTES NÚMEROS: Uma a cada 3 mulheres foi espancada, xingada, chutada, esfaqueada e esmurrada em 2016
Ameaças, espancamentos, xingamentos, perseguição, chutes, facadas e murros. Todas estas ações foram provocadas contra uma a cada três mulheres nos últimos 12 meses. Os dados foram levantados pelo Instituto de Pesquisa Datafolha na pesquisa “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil. Os números foram divulgados nesta terça-feira (8/3) no jornal Folha de S. Paulo, na data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.
Entre as entrevistadas, 29% afirmaram que sofreram violência física, verbal ou psicológica no ano passado; 503 mulheres foram vítimas de agressões físicas no Brasil a cada hora e dois em cada três brasileiros (66%) presenciaram uma mulher sendo agredida física ou verbalmente no mesmo período. Por outro lado, mulheres negras (32%) e paradas (31%) sofreram mais violência no ano passado em relação às brancas (25%).
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O estudo encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança revelou ainda que dois a cada três brasileiros (66%) presenciaram uma mulher sendo agredida física ou verbalmente no mesmo período.
“Os resultados da pesquisa mostram que a violência faz parte da gramática dos relacionamentos no país e que é algo socialmente tolerado”, disse Samira Bueno, diretora-executiva do fórum, à Folha.
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A pesquisa mostra, ainda, que 9% das entrevistadas relatam ter levado chutes, empurrões ou batida; e 10% dizem ter sofrido ameaças de apanhar. Além disso, 22% afirmam ter recebido insultos e xingamentos ou terem sido alvo de humilhações, e 10% ter sofrido ameaça de violência física.
Há ainda casos mais graves, como ameaças com facas ou armas de fogo (4%), lesão por algum objeto atirado (4%) e espancamento ou tentativa de estrangulamento (3%).
O agressor era conhecido das vítimas em 61% dos casos relatados. As agressões ocorreram principalmente em casa (43%) e na rua (39%), mas também no trabalho (5%) e na balada (5%) e foram mais frequentes entre mulheres de 16 a 24 anos (45%).
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