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Defesa de Lula recorre ao STF contra decisão que mandou investigação para Moro

Defesa de Lula recorre ao STF contra decisão que mandou investigação para Moro

Por Da Redação

Defesa de Lula recorre ao STF contra decisão que mandou investigação para MoroReprodução

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu nesta quarta-feira (15/6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter na Corte as investigações nas quais é alvo na Operação Lava Jato. Na petição enviada ao Supremo, os advogados pedem que o ministro Teori Zavascki ou o plenário do tribunal revejam decisão que enviou todos os processos contra Lula para a 13ª Vara Federal em Curitiba, comandada pelo juiz federal Sérgio Moro.


O ex-presidente é investigado sobre supostas irregularidades na compra de cota de um apartamento tríplex no Guarujá (SP) e em benfeitorias em um sítio frequentado por sua família em Atibaia (SP).


De acordo com a defesa, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifestou, durante a tramitação de um dos processos, a favor de que as investigações continuem em tramitação no STF.


?Ora, se o procurador-geral da República incluiu o embargante [Lula] na principal investigação relativa à Operação Lava Jato e defendeu que tal investigação seja realizada perante esse Excelso Supremo Tribunal Federal ? o que foi deferido por Vossa Excelência ? é evidente que não se mostra possível a abertura de novas investigações a respeito do mesmo assunto perante outros órgãos jurisdicionais?, argumentou a defesa.


Na última terça-feira (13/6), Zavascki decidiu remeter os processos a Sérgio Moro e anulou a gravação, feita durante a operação, de uma conversa telefônica entre Lula e a presidenta afastada Dilma Rousseff.


Na decisão de anular a gravação da conversa entre Dilma e Lula, Teori, responsável pelos processos da Lava Jato no STF, entendeu que a escuta deve ser retirada do processo porque foi gravada pela Polícia Federal após a decisão de Sérgio Moro de suspender o monitoramento. De acordo com o entendimento de Zavascki, Moro usurpou a competência do Supremo ao levantar o sigilo das conversas.


?Foi também precoce e, pelo menos parcialmente equivocada, a decisão que adiantou juízo de validade das interceptações, colhidas, em parte importante, sem abrigo judicial, quando já havia determinação de interrupção das escutas?, disse o ministro.


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